Cerca de 5 mil luteranos se reuniram no Espaço Cidade do Verde, em Domingos Martins, para celebrar os 500 anos da Reforma Protestante. Um monumento foi instalado no centro da praça Arthur Gerhard, em Campinho, no final da festividade, em formato da Rosa de Lutero, símbolo do luteranismo.
O culto contou com a presença de autoridades religiosas, civis, militares e políticas, locais e estaduais, como o secretário de Estado de Direitos Humanos, Júlio Pompeu.
“Lutero viveu em uma época na qual Estado e religião se misturavam. Quem fosse contra era perseguido. A partir dele, abriu-se caminho para luta contra a intolerância religiosa”, salientou o secretário.
Para realizar o evento, as duas denominações se uniram, a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) e a Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB), com representantes de Domingos Martins e Marechal Floriano.
Cerca de 150 voluntários cuidaram para que toda a programação organizada ao longo do ano pela Comissão dos 500 anos da Reforma fosse rigorosamente cumprida.
“Fico privilegiado de estar aqui, porque é uma data única. Que minha família também esteja para ver mais 500 anos”, afirma o voluntário Evair Heancio, 44, tesoureiro da paróquia de Domingos Martins.
O pastor coordenador da União Paroquial do Jucu, Lindomar Raach, 44, explicou: “Essa celebração confirma, mais uma vez, que não é preciso comprar o direito de entrar no Céu, mas que o recebemos pela graça de Deus, pela fé, pela Escritura e por Cristo”.
O vice-prefeito de Domingos Martins, Romeu Stein, em seu pronunciamento, questionou: “Assim como as 95 teses de Lutero, quais seriam as situações para mudar hoje? A ganância, a corrupção, a violência contra a mulher, a educação?”
Também houve comemorações em Afonso Cláudio, Itaguaçu, Jaguaré, Laranja da Terra, Pancas, Santa Leopoldina, Santa Maria de Jetibá, Santa Teresa, São Gabriel da Palha, Vila Pavão e Vila Valério.
Em 1517, o monge católico Martinho Lutero lançou as bases da Reforma Protestante ao pregar na porta da catedral de Wittenberg 95 teses ou propostas de mudança para a Igreja da época. A principal delas, que é celebrada como lema, é que a salvação é dada pela graça de Deus e não pela compra de indulgência ou obras humanas.
Fonte: Notícia Capixaba