A Cura pelo Alimento
17º. Dia Sinodal da Saúde e Alimentação em Canguçu
Se em abril de 2015 a terra ainda estava sedenta de água da chuva, já em 2016, quando do 17º. Dia Sinodal da Saúde e Alimentação, a chuva havia sido tão intensa, que até provocou perdas aqui na região Sul do RS. Já a Saúde e Alimentação, setor de trabalho em nível de Sínodo Sul-Rio-Grandense, teve ganhos. Um público ainda maior, num total de 340 pessoas, participou da 17ª. edição do evento na sede campestre do CTG Sinuelo, próximo da cidade de Canguçu. Um dia, embora nublado, proporcionou um encontro agradável, permitindo que, no intervalo do almoço, as pessoas caminhassem e conhecessem a área do CTG. As refeições, dois cafés e almoço, foram servidas pela Comunidade e Paróquia Bom Pastor de Canguçu.
O programa iniciou com a saudação da coordenadora sinodal de Saúde e Alimentação, Rejane Peter. Ela acolheu ao grande público presente de várias paróquias, inclusive de outras igrejas cristãs. Em seguida o pastor orientador do setor, Dietmar Teske, refletiu sob o tema ´Mãos, pela graça de Deus, livres para cuidar´, à luz do Tema da IECLB 2016. Já na chegada os participantes estamparam em papel pardo uma de suas mãos. Na reflexão foi lembrado que a mão é o membro do corpo que dá maior visibilidade aquilo que se pretende com a diaconia. E esta é serviço cristão, resposta de quem se sabe presenteado pelo amor de Deus através de seu Filho Jesus Cristo. Lendo João 13.1-5, onde Jesus lava os pés de seus discípulos, Jesus faz sete movimentos usando uma ou ambas as mãos para servir. Saúde e a alimentação acontecem em ação de amor a serviço de uma vida saudável ao ser humano. Dando continuidade à reflexão, o pastor vice orientador Marcos Fernando Casarin mencionou a palavra do apóstolo Paulo referindo-se ao corpo, templo do Espírito Santo de Deus (1ª. Co 6.19-20). O canto e a música foram conduzidos pelo P. Ildomar Reinke.
E o que então nos reuniu em 2016? Sob o tema: ´A Cura pelo Alimento´, o médico naturalista Dr. Celerino Carriconde falou durante todo o dia através de palestra e em diálogo com o público. Dr. Celerino, nascido em Arroio Grande, vive há décadas em Pernambuco. De sua trajetória de vida vale destacar que ele trabalha como fitoterapeuta e nutrólogo no Centro Nordestino de Medicina Popular. Quando, há mais de 30 anos iniciou o trabalho foi a convite de Dom Hélder Câmara. Todo o seu trabalho está voltado para o empoderamento das pessoas, ou seja, resgatar saberes. Uma vez sabendo, as pessoas mesmas vão cuidar da saúde e lutar por aquilo que falta nesta área.
Quanto à cura pelo alimento, o médico disse que é necessário criar a consciência de que os alimentos são remédios. Muitas vezes a medicina trata dos sintomas, mas não combate a causa da doença. Por exemplo, uma pessoa diabética não pode comer abacaxi, porque aumenta o açúcar no sangue. Em vez de relacionar os alimentos indicados para uma pessoa diabética, a medicina convencional usa a medicação. Fazendo do alimento o seu remédio, ou seja, no uso de uma alimentação equilibrada, a pessoa diabética pode levar uma vida normal. Selecionando os alimentos é possível fazer com que alguém doente não adoeça ainda mais.
Outro fator importantíssimo é atentar cada vez mais para a forma como se produz o alimento. Isso significa verificar se o alimento foi ou não produzido com o uso de agrotóxico. Se a planta foi bem cuidada, os nutrientes favorecem o desenvolvimento da planta e há grande chance de que ela se desenvolva de forma saudável e livre de pragas, o que significa que não há necessidade de usar agrotóxico. Portanto, um alimento orgânico proporcionará saúde, enquanto outros alimentos até considerados imprescindíveis para a saúde humana, precisam ser questionados quanto à sua origem. Por quê? De que, por exemplo, se alimenta a vaca leiteira? Em muitos casos de ração animal transgênica. Disse Celerino: Se a pandemia do século XX foi o cigarro, já a pandemia do século XXI serão os alimentos refinados transgênicos. O trigo transgênico, por exemplo, é a causa da diabete, Alzheimer, perda de memória e também do câncer.
O ser humano, ao longo da história, descobriu o valor medicinal, observando os animais. A planta não tem somente o princípio ativo para combater a doença, mas é capaz de alimentar adequadamente o ser humano. Dr. Celerino trouxe muita informação, mas lembrou que toda informação precisa ser assimilada, para que de fato venha a fazer a diferença para melhorar a vida das pessoas. Ela precisa passar pelo corpo humano. E aqui se entenda o corpo nas dimensões (físico, alma e espírito). É necessário que o ser humano se converta, para que a proposta de uma saúde plena aconteça a partir daquilo que Deus criou e proporciona ao ser humano.
Em sua palestra o Dr. Celerino Carriconde destacou ainda: - uso do alho e azeite de oliva para quem tem problemas com colesterol e pressão alta, além de cicatrizante e antiinflamatório; - o uso do mel de abelhas, misturado com canela para a cura de muitas doenças, por exemplo, apesar de ser doce, o mel tomado em doses normais não faz mal aos diabéticos. O seu uso é também indicado para doenças do coração, artrite e infecções de rins, colesterol, resfriados, dor de garganta e perda de peso; - a banana é um remédio natural contra vários problemas, entre eles uma solução rápida para baixos níveis de energia, sendo a fruta preferida de atletas bem sucedidos, ajuda também a curar e prevenir doenças como: anemia, tensão arterial, capacidade mental, intestinos, depressão, ressaca, azia, enjôo matinal, picadas de mosquito (casca), nervos, excesso de peso e stress no trabalho, TPM, úlcera, controle de temperatura, desordens afetivas ocasionais, fumo, stress, infarto, verrugas (casca), regulação dos níveis de carboidratos.
Compõe a coordenação sinodal de Saúde e Alimentação: - Rejane M. da N.C.Peter e Nair T. Wiegand (coordenadoras, titular e suplente), Dietmar Teske e Marcos Fernando Casarin (ministros orientadores, titular e suplente) e Lúcia Hartwig (secretária). A coordenação sinodal agradece à Comunidade Bom Pastor de Canguçu que acolheu o 17º. Dia Sinodal da Saúde e Alimentação bem como todos e todas aquelas pessoas que no dia a dia manifestam a sua fé através de ações que buscam uma vida mais digna para o ser humano, optando por alimentos livres de venenos.
Divulgação: Setor Sinodal de Saúde e Alimentação
Sínodo Sul-Rio-Grandense
