Paróquia Santo Amaro

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ID: 362

Meditação: Relação entre Carnaval e Igreja

01/02/2008


 

(de Pastor  Jörn Foth)

 

A palavra „Carnaval“ vem do latim „carnem levare“ e significa: „tirar a carne“. Por bem dizer é uma invenção da Igreja: Na idade média, a partir da Quarta-feira de Cinzas prescrevia-se um rígido jejum até a Páscoa, que incluía a completa renúncia da carne. A igreja queria que as pessoas celebrassem a Quarta-feira de Cinzas e seguissem as regras do jejum, por isso necessitava-se do Carnaval. A igreja, portanto, permitiu ao povo um tempo de descontração e desenfreamento para tornar o tempo da ascese suportável. Martin Lutero protestou contra o Carnaval, por outro lado, porém, a Reforma também extinguiu as rígidas regras do jejum. Até nos dias de hoje percebe-se que o Carnaval  somente é festejado em países e regiões de cunho católico. A contínua queda da  influência da igreja fez com que o período de jejum não fosse mais levado tão a sério. O Carnaval, contudo, continua sendo festejado descontraída-mente como sempre o foi. O etnólogo Michi Knecht diz:”O  espetáculo proporciona um sentimento de comunidade ao povo” e o psicólogo Wolfgang Oelsner diz: “No Carnaval, a pessoa é aceita incondicionalmente do jeito que é.” Se isto confere, então o Carnaval responde a importantes desejos religiosos.


Quando Jesus certa vez foi criticado por fariseus, porque na opinião destes, ele e seus discípulos festejavam demais e jejuavam de menos, Jesus respondeu: “Como  podem jejuar os  convidados de um casamento quando o noivo está entre eles?” (Marcos 2,19)


A presença de  Deus na nossa vida convida a festejar como expressão da nossa alegria. A ausência de Deus pede o jejum a fim de re- aguçar os sentidos para sua presença. Ambos  fazem  parte da realidade da nossa vida e da nossa fé.


Autor(a): Paróquia Santo Amaro
Âmbito: IECLB / Sinodo: Sudeste / Paróquia: Santo Amaro (São Paulo-SP)
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 8309

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