Senha de 1º de abril “bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.” MT.5.7 – Palavra que faz parte do anúncio do próprio Jesus, como mensagem de ânimo, para o pleno gozo e alegria na vida. Nas bem-aventuranças Jesus motiva aos seus interlocutores para a ação, não apenas a meros ouvintes. Sugere que esta comunidade ouvinte, não está isolada, mas num contexto que grita por transformação. E transformação também a partir do interior profundo do coração – misericórdia. Colocar o sentimento de solidariedade profundo junto àqueles que sofrem que são rejeitados. Ouvimos desde muito cedo, que Deus nos ama incondicionalmente, sem merecimento. E nosso coração poderia transbordar de alegria e felicidade por sabermos dessa boa notícia. Em verdade experimentamos o amor de Deus a todo instante de nossa vida. Porém, para transportarmos esta experiência de amor misericordioso que Deus tem por nós, para dentro da comunidade e sociedade onde vivemos temos muita dificuldade. Dificuldades que nós muitas vezes nós mesmo ajudamos a construir.
Construímos a sociedade a partir de (pré)-conceitos, estes são transformados em leis e estatutos regimentares que bloqueiam a misericórdia e o amor. Alimentamos em nós muito mais o DNA do ódio e da violência do que da convivência em harmonia comunitária. Infelizmente está se tornando novamente realidade a frase pejorativa: “cada um sabe o seu lugar, não venha invadir o meu espaço!” Exemplo: dois adolescentes sobem as escadas do shopping e são barrados já na porta automática, no hall de entrada por três seguranças da casa.
Resumindo: os adolescentes no meio do entra e sai, naquela tarde no shopping não puderam entrar nem no ‘hall de ar condicionado’. São vigiados por olhares desconfiados até mesmo ainda do lado de fora. Depois que saí daquele espaço reservado, insiste em mim a pergunta; que sentimentos estão sendo alimentados no coração destas pessoas, que assim são excluídas?