Tem sido refrão entre nós a famosa frase de Martim Lutero: “Igreja reformada, sempre em reforma”. Foi a primeira coisa que me veio à mente quando vi o tema de nossa igreja para este ano. No entanto, o segundo pensamento foi uma sensação de desconforto, sob as perguntas: Somos “Comunidade JOVEM”? Até que ponto? Por que está sendo necessário afirmar isso?
Graças a Deus, no caminhar atual em nossa IECLB, estamos redescobrindo a importância da Educação Cristã Contínua. É sintomático que atualmente muitas vozes, em uníssono, externem a necessidade urgente de capacitação teológica em todos os níveis da igreja. – Que bom! Isso é sinal de Igreja VIVA!
Em 1Pedro 3.15 há importante recomendação: “Estejam sempre prontos para responder a qualquer pessoa que pedir que expliquem a fé que vocês tem”.
Até que ponto os membros da IECLB estão preparados para isso? Desconfio que, por muito tempo, esta responsabilidade ficou restrita aos ministros: “Eu não sei, mas pergunte para o pastor, ele sabe”.
Isso não lhe soa familiar? Ou talvez ainda ouvimos membros dizendo: “Não sei, só sei que sempre foi assim” . Fomos todos coniventes com um jeito acomodado e descomprometido de ser comunidade-clube. Hoje todos enxergamos que isso não é mais sustentável e nem mesmo coerente com a vocação, a partir do Batismo, ao Sacerdócio Geral.
Quero crer que estamos vencendo nossa herança “pastorcêntrica” para sermos uma Igreja adulta na fé. Não nos contentamos mais com a resposta: “sempre foi assim”! Comunidade JOVEM é aquela que sabe por o “porquê” e o “para quê” de sua existência. Igreja VIVA, “sempre em reforma”, é comunidade que contextualiza a fé. É comunidade que conhece, articula, defende e concretiza sua fé, na família, no trabalho, na política e na sociedade.