A luz brilha na escuridão, e a escuridão não conseguiu apagá-la. (João 1.5)
Quando eu era criança, gostava de brincar com vela. Achava intrigante que bastasse acender uma pequena vela para a escuridão desaparecer. Impressionava mais ainda que a escuridão não conseguisse acabar com a luz; era preciso apagar a vela ou então encobri-la, para que houvesse novamente escuridão.
Estamos na Epifania, época que nos fala da luz, não de qualquer luz, porém da verdadeira luz de Deus, que veio a este mundo em seu Filho, Jesus, para iluminar o mundo e a vida de cada pessoa.
Luz e brilho aparecem no Natal e até no ano novo. Mas tudo isso parece que já está num passado distante. Faz um mês que iniciou um novo ano e já não é mais novidade. Até a verdadeira “Luz” já está um tanto esquecida, ou encoberta, parece que é preciso encontrar outros atrativos, outras luzes para preencher a vida. Sim, quem não consegue receber a luz de Cristo a iluminar os seus caminhos, busca outras luzes efêmeras, fugazes.
Por outro lado, há uma série de marcas neste mundo que mostram a escuridão que anda se faz presente. A humanidade é constantemente confrontada com grandes e difíceis questões, as quais atingem pessoas e povos. Lembro que mais um ano se inicia com crises econômicas e políticas; catástrofes naturais – algumas até fruto do descaso com a natureza; incontáveis e estúpidos acidentes; violência doméstica; abusos sexuais; homofobia; estupros; assassinatos e toda a sorte de violência.
Enquanto a humanidade e nossa sociedade brasileira parecem estar se afundando na escuridão, a reação, também a cristã, é fraca ou nem existe. Quase é de perguntar se ainda existe luz no fim do túnel, ou melhor, se este túnel de escuridão tem fim.
Onde se busca luz?
Impressiona que, segundo João 1.9-14, a luz verdadeira de Deus veio ao mundo, ilumina a pessoa. Portanto a “Luz” está no mundo. Este mundo nunca esteve sem luz. Porém, o mundo não reconheceu Jesus como a verdadeira luz; continua escrevendo o evangelho de João. Sim, há, houve e sempre haverá pessoas e grupos; bem como interesses e forças, de fato malignas, que não reconhecem Jesus como a verdadeira luz e assim tentam obscurecer, sufocar a “Luz”.
O que precisa estar claro, é que não tem como acabar com a “Luz” de Deus. E mais, todos que recebem esta luz, que se deixam conduzir por ela, que crêem em Jesus, Deus torna seus filhos e suas filhas, conforme João. Pois vivem sob a graça vivificadora e salvadora. Esta é a “Luz que clareia todas as formas de escuridão. Amém.