Mateus 25.31-45

Desde criança, no meu tempo de escola o final do ano era sempre uma época de angústia. Parecia que o relógio corria mais rápido do que normalmente durante aquelas provas finais. E quando a gente menos esperava vinha a professora com aquela frase que ninguém queria escutar: Terminou o tempo. Nós entregávamos a prova final, e era só esperar o resultado. Para nós, parecia que era aquele o momento mais importante.

A gente não entendia que se nós alunos tivéssemos feito a nossa parte durante todo o ano, não teríamos problema em ser aprovados. A decisão não seria lá no final, mas ela ia formando na caminhada.

Irmãos e Irmãs, na Bíblia existem alguns assuntos que não são lá muito agradáveis. Eu acredito que este do Juízo Final do Ev. de Mateus é um deles.Acredito porém, que a palavra de Deus em qualquer situação é uma benção para nossas vidas.

O Evangelho nos fala do Dia do Juízo Final. Quando aquele dia chegar o próprio Jesus fará a separação entre as pessoas, de acordo com o que fizeram ou deixaram de fazer. O texto fala por si. Tem uma clareza muito grande e muito profunda.

Ele nos ensina que quando ajudamos alguém, da maneira que for, não devemos esperar algo em troca. Cada doação nossa, seja ela em tempo ou dinheiro é uma oferta de amor. Na nossa comunidade cristã aprendemos que em primeiro lugar está a pessoa que recebe e não aquela que oferta.

Esse é nosso grande desafio, desafio porque na sociedade em geral a lei não é essa. E nós sabemos muito bem como é. No texto do Evangelho de Mateus somos lembrados das 6 ações diaconais da pessoa cristã, onde podemos mostrar fidelidade ao Evangelho.

Dar de beber a quem tem sede.
Dar de comer a quem tem fome.
Receber, acolher o estrangeiro/ aquele que não pertence ao nosso grupo.
Vestir quem está com frio.
Cuidar do doente, a falta de saúde gera em nós medo e angústia.
Visitar o preso. O Apóstolo Paulo na carta aos Colossenses fala das prisões romanas, a necessidade de visitar o preso, por ele estar isolado.

Acredito que para tudo isso, precisamos nos reconciliar com Deus. E pedir a Ele que nos conduza no nosso serviço cristão.

Temos pela frente o Dia da Igreja 2008, acreditamos que este Dia da Igreja pode ser mais uma contribuição na nossa caminhada de fé do povo de Deus.

O Tempo é agora. Agora é tempo de viver a Comunhão, de reforçar a fé, de contribuir na caminhada da Igreja de Cristo. É tempo de abraçar, o Evangelho

O abraço de Deus rompe toda e qualquer hipocrisia. E é na nossa comunidade cristã, na nossa família de fé, que temos um lugar todo especial, para exercitar esse abraço de Deus e um espaço todo especial para viver este abraço.

Pastor Sinodal Altemir Labes