Além do futebol e do café, o Brasil também é conhecido pela grande variedade de frutas que produz. Turistas estrangeiros não se cansam de enaltecê-las por sua qualidade, sabor e valor nutritivo. De fato, as muitas frutas revelam a riqueza de nossa terra. São sinais de bênção, pois uma boa terra produz bons frutos.
Quando o apóstolo Paulo falou do fruto do Espírito, referiu-se ao resultado que o Espírito de Deus produz na vida do cristão. É algo natural, da mesma forma como os frutos da nossa terra. Mesmo assim, muitas pessoas não conhecem essa verdade. Note o singular: fruto do Espírito. Não se trata de uma série de diferentes frutos, mas de apenas um, com diversos gomos: amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Alguns acreditam que podem dividir o fruto, optando por certos gomos e deixando outros de lado. Há quem aprecie mais a alegria e a paz, mas não tem nada de paciência nem amabilidade. Isso, porém, é sinal de fraqueza espiritual.
É difícil crer que há cristãos que tratam mal os filhos, o cônjuge ou os pais. Adotam como desculpa a carga hereditária, afirmando, por exemplo: “Meus avós eram assim, e eu puxei por eles, por isso sou assim esquentado”. Mas a realidade do fruto do Espírito precisa manifestar-se no dia-a-dia, não apenas nas horas de culto ou em eventos especiais. Certa vez, os filhos de um pastor perguntaram à mãe se não poderiam morar na igreja. Perguntado sobre o motivo, eles responderam: “Na igreja, o papai é outro, lá ele é calmo e querido com todos”.
A única maneira de convencermos as pessoas sobre a realidade de nossa fé é deixar que vejam o que o Espírito produziu em nossa vida. É verdade que as manifestações do fruto podem levar algum tempo para aparecer “na prática”, mas que aparecem, aparecem! Não podemos esconder a realidade por muito tempo. É bom que seja assim, pois a vida cristã deve ser autêntica. Terminamos essa mensagem com as palavras do apóstolo:
“Que o Espírito de Deus, que nos deu a vida, controle também a nossa vida! Nós não devemos ser orgulhosos, nem provocar ninguém, nem ter inveja uns dos outros.”
P. Claudio Röhsig