“Jesus Cristo diz: O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para salvar muita gente”. Marcos 10.45
Estamos na semana Santa. Encerramos um período de preparação que chamamos de Quaresma. Sete semanas que serviram, ou deveriam ter servido para uma auto avaliação sobre o nosso ser cristão e cristã. Olhando para o calendário estão pela frente os dias mais significativos para a fé cristã. Celebraremos na quinta-feira santa a última refeição de Jesus com seus discípulos. Refeição esta que se torna referência para nossa comunhão de mesa com irmãos e irmãs na fé. Ademais foi e continua sendo também exemplo de serviço e humildade ensinados, vividos e exemplificados com o lava-pés.
Olhando para as nossas vidas ainda conseguimos identificar a verdadeira comunhão de mesa sem fingimento e hipocrisia em nossas celebrações de fé? Conseguimos manifestar o nosso serviço de ajuda e auxílio desinteressados para com aqueles que estão em sofrimento e necessidade sem esperar alguma recompensa? Mirando-nos mais intimamente, quantas vezes nos fazemos de humildes querendo pisar em cima dos outros para alcançar os nossos próprios interesses e desejos? Os acontecimentos mais marcantes da Semana Santa apenas estão no seu início, se observarmos o que aconteceu na sexta-feira santa. Pois neste dia, quem estava sentado à mesa da comunhão e do exemplo da humildade e serviço abnegado, trai, foge, nega e se esconde diante da prisão, condenação, flagelação, crucificação, morte e sepultamento daquele que lhes servia de mestre, guia e inspiração.
Quantas vezes desviamos, fingimos não ver, nos escondemos quando nos confrontamos com situações de dor, de humilhação, injustiça, violência e desrespeito aos pequenos a quem devemos servir e ajudar em humildade, como nos ensinou o nosso mestre?
Mas isso ainda não é tudo. Mesmo com desconfiança e até medo, recebemos na manhã do domingo a grande notícia da ressurreição. Ela abre caminho para o perdão dos nossos erros, das nossas maldades, do nosso egoísmo, da nossa indiferença e da nossa suposta auto-suficiência. Trazendo consigo toda misericórdia daquele que nos amou e continua nos amando como verdadeiros filhos e filhas. Mostrando-nos a salvação através da doação, do serviço humilde, lembrando-nos constantemente ao dizer: Eu sou o caminho a verdade e a vida e ninguém vem ao Pai a não ser por mim.
Oremos: Bondoso Deus, estamos na Semana Santa, na qual lembramos o teu amor pela humanidade. Auxilia-nos a celebrar estes acontecimentos apontando-nos o perdão dos pecados, a vida e a salvação. Abençoa, Senhor, as celebrações da Semana Santa em nossas comunidades, famílias e sociedade e por Jesus Cristo, que contigo e o Espírito Santo vive e reina eternamente. Amém.
P. Gilmar Finken Zacomelli
Nova Hartz
