36 olimpíadas evangélicas em 46 anos
• Rui Bender •
As olimpíadas estudantis evangélicas são uma oportunidade valiosa para estreitar os laços de companheirismo e iniciar novas amizades entre os componentes das representações dos diversos colégios, definiu há mais de 35 anos um ex-diretor do Departamento de Ensino do extinto Sínodo Riograndense, Wilmar Keller. São também um estímulo extraordinário para a prática do esporte em suas variadas modalidades, acrescentou. A primeira Olimpíada Estudantil Evangélica realizou-se nos dias 18 a 20 de setembro de 1954 no Colégio Sinodal em São Leopoldo(RS), por iniciativa do Centro dos Diretores do Ensino Médio Evangélico, órgão que congregava os estabelecimentos vinculados ao Sínodo Rio-grandense ou às suas comunidades.
Naquela primeira olimpíada participaram onze escolas: Fundação Evangélica e Ginásio Pindorama, de Novo Hamburgo; Colégio Sinodal, Instituto Pré-Teológico, Escola Normal Evangélica e Escola Técnica do Comércio, de São Leopoldo; Ginásio Alberto Torres, de Lajeado; Ginásio Martin Luther, de Estrela; Ginásio Panambi, de Panambi; Ginásio Augusto Pestana, de Ijuí; e Ginásio da Paz, de Porto Alegre. Realizada a primeira, as olimpíadas subsequentes passaram a ser realizadas de dois em dois anos. Aconteceram sucessivamente em Santa Cruz do Sul (1956), Estrela (1958), Lajeado (1960) e Panambi (1962). A sexta edição voltou a ser realizada no Colégio Sinodal em São Leopoldo em 1964.
Eliminatórias
O aumento do número de participantes de uma olimpíada para outra tornou cada vez mais sério o problema de alojamento dos atletas. Por isso, decidiu-se realizar, a partir da sexta olimpíada, eliminatórias regionais nos jogos coletivos (basquete e vôlei) para selecionar as melhores equipes para os jogos finais. A realização desses jogos regionais propiciou um intenso intercâmbio esportivo entre as escolas. E tudo isso contribuiu para a melhoria dos índices técnicos. Assim, a atividade esportiva nas escolas evangélicas atingiu um nível elevado, projetando-as inclusive a nível estadual. Para oferecer instalações necessárias e adequadas a seus alunos esportistas, as escolas passaram a construir praças de esporte modernas e bem equipadas.
As olimpíadas evangélicas continuaram a ser realizadas de dois em dois anos até 1974. A partir de 1975, passaram a ser anuais. Por causa do significativo aumento no número de participantes, as provas foram divididas. Num ano aconteciam as provas de atletismo (corridas de velocidade, meio-fundo e revezamento, saltos em altura e distância, arremesso de peso) e o torneio de xadrez. No ano seguinte, eram realizados os jogos coletivos: basquete e vôlei. A equipe que somava o maior número de pontos em cada uma das três classes (masculino A e B e feminino) ganhava uma taça móvel, conhecida desde o início como Wanderpreis.
Ampliação
Até 1983 participaram das olimpíadas apenas as escolas do Estado do Rio Grande do Sul. A partir de 1984, integraram-se também as escolas de Santa Catarina e Paraná. Neste ano, elas passaram a ser denominadas de Olimpíadas Nacionais das Escolas Evangélicas — lembrou o atual diretor-executivo do Departamento de Educação, Silvio lung. No ano de 2000, aconteceu a 36a olimpíada (no Instituto de Educação Ivoti, em Ivoti, RS), agora denominada de Olimpíada Nacional da Rede Sinodal de Educação. Há 46 anos, onze escolas participaram da primeira Olimpíada Estudantil Evangélica. Hoje, cerca de 25 escolas participam dessa competição. A escola que sedia as finais banca desde o alojamento dos atletas até a arbitragem das provas. Os ideais continuam sendo os mesmos do início há 46 anos: ser um elo de ligação entre as escolas evangélicas.
Em 1999, aconteceu pela primeira vez um intercâmbio com as escolas da rede luterana (IELB). Algumas escolas evangélicas da Rede Sinodal de Educação participaram de uma olimpíada luterana na ULBRA. Devido a seu bom nível técnico, os representantes das escolas evangélicas tiveram um bom desempenho naquela competição.
O autor é jornalista e integra a equipe editorial da Editora Sinodal, e reside em Novo Hamburgo
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