Encontros familiares
Werno Alberto Lohmann
No Rio Grande do Sul, os Encontros Familiares tiveram seu início na década de 70. Segundo consta, a família Simon foi a primeira que realizou um Encontro de Família. No dia 25 de julho de 1976, a família Lohmann fundou a Liga Genealógica Lohmann no Brasil e, nos dias 14 e 15 de janeiro de 1977, realizou o seu primeiro encontro na localidade da Fazenda Lohmann, município de Roca Sales (RS), com a participação de aproximadamente 1.000 pessoas, que vieram dos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
A família Lohmann logo pensou na continuidade de tais encontros e elaborou os estatutos da entidade, iniciou a edição de um jornal e planejou a construção do Museu da Família. Após muitas delongas e campanhas durante 25 anos, o sonho do museu está perto da concretização. Com a ajuda da administração municipal de Lajeado está sendo erguido um prédio em estilo enxaimel no Deutscher Kolonie Park, no qual estão sendo reconstruídas mais de 30 casas antigas, trazidas de diversas localidades, numa reconstituição da histórica da colonização alemã no Vale do Taquari.
Por que Encontros Familiares?
A idéia surgiu dum simples raciocínio. Por que só encontrar-se quando falece um parente? Vamos encontrar-nos para conhecer-nos, para conversar, cantar, falar dos nossos antepassados, desenterrar a história dos nossos patriarcas, tomar conhecimento dos fatos que motivaram a saída da sua terra natal —Alemanha. Por que migraram dentro do Rio Grande do Sul e para todas as regiões do Brasil, levando a cultura e a dedicação ao trabalho e progresso herdados dos antepassados?
Cada vez mais famílias reuniram-se no decorrer do tempo, fazendo pesquisas de genealogia e montando sua árvore genealógica. Para conseguir este intento, sempre deve haver no seio de cada família os abnegados que se dedicam a esta pesquisa, percorrendo milhares de quilômetros nas visitas aos parentes, pois estes dificilmente colaboram com informações.
O que é o CAP?
EFSentindo a necessidade de incentivar os encontros familiares, prestando orientação aos interessados, surgiu a idéia de criar uma entidade que pudesse servir de base para pesquisa genealógica em primeiro plano. Com este objetivo foi fundado no dia 20 de agosto de 1995 o Centro de Apoio a Pesquisa e Encontros Familiares — CAPEF. A sede desta entidade fica no Centro Administrativo de Teutônia, onde o Prefeito Ricardo Brönstrup pôs uma sala à disposição do CAPEF para a realização periódica das reuniões da diretoria.
Até maio de 2000, 27 famílias estavam filiadas ao CAPEF, com uma contribuição anual de 10% do salário mínimo. O CAPEF está à disposição para fornecer dados para estudos genealógicos, baseando-se no Programa Sinos, elaborado por Gaspar Henrique Stemmer, de São Leopoldo, e que abrange famílias com registro das comunidades evangélicas da IECLB nos vales do Caí, Sinos e Taquari, este ainda em fase de elaboração.
Os principais objetivos do CAPEF são: congregar as famílias filiadas interessadas na pesquisa de suas origens históricas; centralizar as pesquisas genealógicas desenvolvidas pelas diversas famílias filiadas; estimular a pesquisa genealógica e histórica; incrementar o cultivo literário, artístico e cultural; manter relacionamento com entidades congêneres nacionais e internacionais; além de outros.
Através da CAPEF e dos Encontros Familiares procura-se incentivar o resgate da história, tanto das famílias como das localidades onde estas atuaram.
Fontes valiosas para pesquisa são os registros de nascimentos, casamentos e óbitos nas comunidades religiosas e nos cemitérios. Por isso deve-se ter o máximo empenho na preservação das lápides antigas, das quais não há mais familiares residentes na localidade. Estas lápides, principalmente a parte onde constam os dados do falecido, deverão ser colocadas em lugar especial dentro do cemitério, por exemplo ao longo do muro, podendo assim servir como fonte de pesquisa.
O autor reside em Teutônia, RS
Maiores informações: Sr. Elio Dahmer
presidente do CAPEF
Tel.: O XX 51 762.1022
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