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ID: 354

A concreta oportunidade de descobrir a origem da vida

Quando avida começa realmente?

25/11/2018

Apocalipse 1.4 João, às sete igrejas que estão na província da Ásia:
Que a graça e a paz estejam com vocês, da parte daquele que é, que era e que há de vir, da parte dos sete espíritos que estão diante do seu trono 5 e da parte de Jesus Cristo, a Fiel Testemunha, o Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis da terra. Àquele que nos ama e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados, 6 e nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai, a ele a glória e o domínio para todo o sempre. Amém! 7 Eis que ele vem com as nuvens, e todo olho o verá, até mesmo aqueles que o traspassaram. E todas as tribos da terra se lamentarão por causa dele. Certamente. Amém! 8 “Eu sou o Alfa e o Ômega”, diz o Senhor Deus, “aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso.”

A concreta oportunidade de descobrir a origem da vida

A maior máquina já concebida pelo ser humano está funcionando nas proximidades de Genebra, na Suíça. Ela tem 27 km de circunferência localizada a 100 metros abaixo do nível do solo. O que ela pretende mostrar à humanidade é o que aconteceu a 1 trilionésimo de segundo depois da origem de tudo, do Big Bang. Dizem eles que isso é quase uma recriação do universo. Fantástico.

Da mesma forma nós, Igreja, comunhão cristã, lugar onde desempenhamos a vivência do Reino, somos saudados como pessoas que fazem parte de um grande projeto de restauração de vida. Esta “máquina de Deus” que funciona na base do amor de Jesus Cristo e na força (δυναμισ) do Espírito Santo quer nos transformar – indivíduos, família, sociedade, nação – no espaço de tempo de 1 trilionésimo de segundo após conhecermos a Verdade.

Os cientistas europeus festejaram o feito com grande entusiasmo.

A Igreja de Cristo Jesus ressuscitado também festeja com enorme entusiasmo.

Perceba o lapso de tempo que leva para compreender o início da vida em Cristo.

O ambiente da revelação da vida

O ambiente da maior revelação de Deus após Jesus ter nascido, vivido, morrido e ressuscitado, está naquilo que mostrou a uma série de sete cidades que fazem uma circunferência de 220 km: as sete cidades do Apocalipse, como são conhecidas.

O escritor do livro se dirige “às sete igrejas que estão na Província da Ásia”, atual Turquia, como que representando uma unidade. Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodiceia estavam localizadas ao longo de uma importante rota comercial. Além de cidades correio, algumas delas eram também centros de justiça.

Estas sete Comunidades querem simbolizar a plenitude e a perfeição, representado pelo número sete. No Antigo Testamento usava-se no templo o candeeiro de sete hastes que sempre apareciam como representação da unidade. Aqui aparecem as sete Igrejas que, na realidade, são uma só. É uma unidade, embora cada uma tenha seus pontos positivos ou negativos, cada uma com a sua particularidade. É neste contexo que Deus promove vida.

Voltando à imagem do candeeiro, a luz provinda do azeite simbolizava a ação do Espírito Santo. Desta forma também aqui há uma única orientação entre as sete Igrejas: a orientação é a perfeição de Jesus Cristo. Todas as Igrejas estão, assim, diante do mesmo trono do mesmo soberano.

A Comunidade louva seu libertador

O louvor entusiasmado (doxologia) que surge dos lábios de João novamente se refere à obra consumada do sumo-sacerdote. Se era comum que a doxologia fosse direcionada ao Deus Criador, aqui é dedicada ao Filho Jesus Libertador. Duas coisas devem ser destacadas nesta exaltação dos vers. 5b e 6:

Àquele que nos ama e nos libertou dos nossos pecados por meio do seu sangue, e nos constituiu reino e sacerdotes para servir a seu Deus, a ele sem glória e poder para todo sempre! Amém.

a) Jesus Cristo já libertou todo o seu povo de todo e qualquer poder do pecado. No passado esta condição já foi garantida pela paixão e morte do Senhor Jesus Cristo. Agora, apontando para a volta de Cristo, dentro do contexto da revelação (apocalipse) anuncia o povo que crê como plenamente e definitivamente livre do poder do pecado.

b) Este Senhor, com vistas ao futuro, já constituiu este mesmo povo em reino e sacerdotes que na glória eterna servirão (ou servem desde já!) ao Deus e Pai. Isto é garantido ao seu povo pela sua ressurreição e ascensão à glória celeste.

É invocada aqui a lembrança do texto veterotestamentário de Êxodo 19.5-6: Agora, pois, se ouvirem atentamente a minha voz e guardarem a minha aliança, vocês serão a minha propriedade peculiar dentre todos os povos. Porque toda a terra é minha, e vocês serão para mim um reino de sacerdotes e uma nação santa.

João não consegue falar da beleza desta verdade, a não ser louvando e enaltecendo o autor da vitória eterna para seu povo amado.

Toda a humanidade, ou se alegra, ou mostra seu luto

Com a mesma intensidade que é dito que todos os povos se alegrarão ao verem Jesus vindo sobre as nuvens, se diz também que todos lamentarão. As nuvens simbolizam o lugar onde Deus revela os acontecimentos que estão por vir. No momento em que Jesus vem nas nuvens, o tempo das coisas escondidas terá passado. As nuvens não mais seguram o que é revelado. Nem mesmo os descrentes e perseguidores terão dúvidas sobre a verdade agora mostrada. As pessoas que são povo de Deus se alegrarão com esta revelação, enquanto que os outros povos se lamentarão por causa dele.

Χοψονται, ou seja, lamentarão, é o futuro do verbo que fala de luto e pranto de uma pessoa a ponto de causar autoflagelo, batendo no próprio peito. É incerto o sentido desta expressão neste texto. Poderia ser o lamento pela lembrança do horror da cruz de Cristo ou o horror de não ter reconhecido a tempo a libertação da cruz de Cristo. É a diferença entre reconhecer a Cristo como Rei, ou não. E este reconhecimento ainda pode ser feito no tempo preente da graça, quem sabe, em um trilionésimo de segundo. Por que não agora?

Aquele que era, é e será sempre

Quem é Cristo? Quem é este que transforma tudo, recriando tudo tão repentinamente? É o Deus eterno e o Todo-poderoso. Aquele que age no passado, no presente e no futuro. Alfa e ômega. Alfa é a primeira letra do alfabeto grego, e ômega a última. São 24 letras comparadas às 24 horas do dia. Equivale a dizer: Jesus é revelado Deus Todo-poderoso de A a Z e age 24 horas por dia com Seu poder.

O Todo-poderoso usa de seu poder para criar, proteger e manter a vida, ao contrário dos poderosos despóticos e arbitrários que promovem o bem pessoal. Cristo Jesus é confiável e a Ele vamos louvar.

Conclusão

Cristo é o Rei. Ele é a origem da vida e dá todo sentido a ela. Ele vem sobre as nuvens.

Aqui estamos para prestar Culto a Ele. Não estamos interessados em prestar culto aos inúmeros poderes que querem usurpar o lugar de Cristo. A Ele toda a honra, toda a glória e todo louvor.

Amém!
  


Autor(a): Pr. Rolf Rieck
Âmbito: IECLB / Sinodo: Sudeste / Paróquia: Rio de Janeiro - Martin Luther (Centro-RJ)
Testamento: Novo / Livro: Apocalipse / Capitulo: 1 / Versículo Inicial: 4 / Versículo Final: 8
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Prédica
ID: 50125

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