Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós... (João 17)
Neste trecho da Bíblia, Deus expressa o seu desejo para a humanidade: que sejamos UM. Mas como podemos nos tornar pessoas tão unidas se somos tão diferentes? Como pessoa jovem cristã e luterana, devo respeitar e conviver com ideias que são diferentes daquelas que eu aprendi como sendo corretas desde criança?
Vivemos, atualmente, num mundo plural. E a diversidade, do jeito que existe agora, veio para permanecer. A tecnologia, a rapidez da comunicação e a evolução da ciência nos permitem estar em contato com as mais diversas culturas e ideias na velocidade de um piscar de olhos. Mas ainda podemos nos questionar: como conviver em paz e comunhão quando pensamos de maneiras tão diferentes?
Antes de sua morte, Jesus orou pela unidade, pediu para que nos tornássemos completamente um (João 17.23) e essa realização só será possível através do respeito e tolerância mútuos. Sem eles, não há vida em comunidade, pois nós erramos, acertamos e podemos nos perdoar sempre.
Tolerância... O que significa essa palavra? O que ela tem a ver com o mundo em que vivemos agora? O dicionário Michaelis traz duas conceituações interessantes sobre ela. a) direito que se reconhece aos outros de terem opiniões diferentes ou até diametralmente opostas às nossas e b) boa disposição dos que ouvem com paciência opiniões opostas às suas. No entanto, tolerância não significa um estado permanente, um ideal a seguir, mas um momento provisório, uma pausa, um diálogo que busca novos horizontes. Tolerância também tem os seus limites e implica em ação para não cair na passividade, na indiferença ou simplesmente na piedade frente ao absurdo.
Ser tolerante é mais do que saber respeitar, é reconhecer que as diferenças existem e perceber a importância delas para a construção de um mundo mais justo. Sabemos que fomos pessoas criadas à imagem de Deus, assim, nessa perspectiva, todas as pessoas são amadas da mesma forma. Nesse mundo plural em que vivemos, a tolerância se mostra essencial para que possamos viver em comunhão, sempre buscando aprender com o diferente, buscando um aprendizado mútuo.
As oportunidades para exercitarmos tolerância são muitas: entre pessoas de diferentes idades, com colegas de trabalho e escola, com alguém que fala uma língua diferente.... Que, como juventude cristã e luterana, sejamos exemplo de tolerância na busca de um mundo mais justo e inclusivo!
Martha Regina Maas - Mestranda em Educação e Coordenadora Sinodal do Juventude Evangélica do Vale do Itajaí
P. Edélcio Tania Tetzner - Paróquia Bom Pastor - Brusque e Orientador Teológico do Juventude do Vale do Itajaí
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