Juventude Evangélica



ID: 2770

Eu curto e compartilho a tolerância!

29/08/2014

Há quase dois mil anos, Jesus disse que seus discípulos e suas discípulas eram sal da terra e luz do mundo (Mateus 5.13-16). Estas palavras valem para nós, que somos as discípulas e os discípulos de Jesus hoje. Sal e luz estão bem presentes em nossa vida. O sal preserva e dá gosto aos alimentos. Quando escurece, a luz traz segurança e possibilita enxergar o caminho. A ausência ou o excesso de sal são facilmente percebidos. Da mesma forma, um pouco de luz pode ser decisivo em meio à escuridão. Sal e luz são elementos que fazem a diferença, não importa a quantidade e a intensidade. Quando Jesus diz que somos sal e luz, está afirmando que nós fazemos a diferença no mundo!

Dizem que, quando acessamos a internet, entramos em um mundo virtual. No sentido estrito da palavra, virtual não é uma realidade concreta. Mas o que acontece na internet e nas redes sociais é real. Eu converso com pessoas, envio e recebo imagens e documentos, faço compras e até transações bancárias. Tudo isso é realidade! O que acontece no mundo chamado virtual tem consequências no mundo real e vice-versa. O mundo virtual é bem mais real do que imaginamos. Também no mundo virtual somos sal e luz.

As novas tecnologias abrem horizontes e possibilidades fascinantes. No CONGRE NAJE de 2012, quem não pode ir para Pelotas teve a oportunidade de acompanhar a programação via internet. Em certo dia, houve um teatro e as pessoas da plateia podiam fazer intervenções. Pelo chat, alguém postou uma proposta e uma personagem foi destacada para fazer a cena. Nada se compara a estar presente no CONGRENAJE, mas poder assistir, comentar e até fazer intervenções é algo fantástico. Isso tudo é real.

Naquele CONGRENAJE também foi possível perceber os problemas da interação virtual. A abertura do congresso atrasou e o pessoal da transmissão teve problemas para colocar o evento no ar. Enquanto esperavam, algumas pessoas do público online dialogavam pelo chat. Outras, impacientes e sem saber o que estava acontecendo nos bastidores, começaram a reclamar. Escondidas atrás de um nome fictício, escreviam o que provavelmente não falariam caso estivessem face-a-face. Seria uma expressão de impaciência ou uma manifestação de intolerância?

No mundo virtual, as possibilidades estão a um dique de distância. Com um dique posso acessar um cite islâmico, judaico, cristão protestante, católico ou pentecostal. Posso visitar cites de empresas, clubes esportivos e partidos políticos ou participar de fóruns e grupos que defendem as mais diversas ideias. A sociedade em rede permite a expressão da diversidade, mas também revela as manifestações de intolerância, principalmente em relação ao divergente. Nestas situações, podemos fazer a diferença. Isso não significa abdicar de convicções e valores, mas manter o respeito, buscar o diálogo e a convivência. Em qualquer situação, as interações precisam ser baseadas na transparência, na honestidade, na abertura para o diálogo, no amor fraterno que visa ao bem da outra pessoa.

As interações nas redes sociais não são necessariamente melhores ou piores do que as interações face-a-face. Elas são de outra natureza. Na internet, normal mente a pessoa é conhecida pelo que publica, curte ou compartilha. Palavras e imagens são a nossa principal forma de ação e interação no mundo virtual. Mas elas têm impacto e consequências reais. Podemos ter centenas ou até milhares de contatos nas redes sociais. Isto aumenta a nossa responsabilidade e também a nossa oportunidade de ser sal e luz. Com o nosso testemunho cristão, podemos tornar as redes sociais mais justas e acolhedoras.

Não confie em tudo o que você lê e não compartilhe palavras e imagens com conteúdo impróprio, que agridem e discriminam. Não faça e não aceite provocações que possam causar problemas e ferir pessoas. Aproveite as novas tecnologias para fazer e preservar amizades, compartilhar suas ideias, promover o diálogo e exercitar tolerância. Mas também não deixe de curtir o sol, o vento, o contato com a natureza, os encontros pessoais e de grupos. Lembre-se de que, quando desligar o botão do seu computador, tablet ou celular, um mundo de possibilidades está esperando por você. E, neste mundo, você também faz a diferença.

Para reflexão:

- Pela internet temos contato com ideias, crenças e valores muito diferentes. Como podemos exercitar tolerância e, ao mesmo tempo, manter a nossa identidade e o nosso testemunho cristão?

- De acordo com Atos 2.42-47, a primeira comunidade cristã era caracterizada pela ajuda mútua, comunhão, partir do pão, oração, louvor. Como vivenciar esses elementos numa comunidade real e virtual?

P. Emilio Voigt - Assessor de Formação e Edificação de Comunidades do Vale do Itajaí


Voltar para índice Criatitude - Tolerância e diversidade
 


Autor(a): Emilio Voigt
Âmbito: IECLB
Área: Missão / Nível: Missão - Jovens / Organismo: Juventude Evangélica - JE
Título da publicação: Criatitude - Tolerância e Diversidade / Ano: 2014
Natureza do Texto: Educação
Perfil do Texto: Estudo
ID: 29631
Não sei por quais caminhos Deus me conduz, mas conheço bem o meu guia.
Martim Lutero
© Copyright 2024 - Todos os Direitos Reservados - IECLB - Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil - Portal Luteranos - www.luteranos.com.br