Prédica: Marcos 8.31-38
Leituras: Gênesis 17.1-7, 15-16 e Romanos 4.13-25
Autora: Scheila dos Santos Dreher
Data Litúrgica: 2º. Domingo na Quaresma
Data da Pregação: 04/03/2012
Proclamar Libertação - Volume: XXXVI
O cristão é um senhor libérrimo sobre tudo, a ninguém sujeito.
O cristão é um servo oficiosíssimo de tudo, a todos sujeito.
(Martim Lutero, Obras Selecionadas v. 2, p. 437)
1. Introdução
Neste segundo domingo da Quaresma, o texto indicado para a pregação dá testemunho da primeira vez que Jesus anunciou sua paixão e da reação que isso causou. Por trás do testemunho bíblico estão Pedro e os outros discípulos com suas expectativas em relação ao Messias e os sentimentos diante do anúncio dos acontecimentos que virão; está também Jesus, dizendo “claramente” a seus seguidores mais próximos e à multidão que, sempre sedenta, se reúne em torno dele que segui-lo implica uma decisão e um comprometimento total e definitivo. Segui-lo implica assumir um “novo eu”; implica uma nova vida por causa do impacto do evangelho, a saber: “vos nasceu um Salvador” (Lc 2.11), “porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele” (Jo 3.16,17).
Os textos indicados como leitura dos livros de Gênesis e Romanos tratam dos benefícios concedidos por Deus aos que creem; pela fé, não por mérito do cumprimento da Lei. “É da fé que a promessa de Deus depende” (Rm 4.16). Pela fé cremos que “Jesus foi entregue para morrer por causa dos nossos pecados e foi ressuscitado para que [nós] sejamos aceitos por Deus”. A fé me faz confessar: Foi por mim! Foi por nós! Pela fé temos comunhão com Deus e com o próximo. A fé nos faz herdeiros das promessas e da obra de Cristo, e o Espírito Santo nos conduz ao discipulado (At 1.8).
Lembro também da possibilidade de fazer a leitura de outros auxílios homiléticos sobre o texto em questão em edições anteriores (PL X, XIX, XXV e XXXI).
2. Exegese
Jesus estava a caminho de Jerusalém. Curas, ensinamentos, [des]encontro com fariseus antecedem o testemunho de Marcos 8.31-38. A confissão de Pedro (tu és o Messias/o Cristo) e a transfiguração de Jesus emolduram o nosso texto.
De maneira franca, pela primeira vez Jesus fala ao grupo mais próximo de discípulos a respeito dos acontecimentos que estão pela frente: seu sofrimento, rejeição (por parte da liderança judaica), morte e ressurreição. Pedro repreende Jesus em particular. Entre os seus motivos (cada qual sempre os tem) poderiam estar: 1) a insegurança por seu futuro e o de outros/as que seguiam Jesus frente aos acontecimentos anunciados; 2) a compreensão de sofrimento como castigo de Deus (“Mestre, por que este homem nasceu cego? Foi porque ele pecou ou porque os pais dele pecaram?” Jo 9.2); um Messias não estaria sujeito ao castigo de Deus; 3) a compreensão de Messias reinante na época: vitorioso, triunfalista e glorioso. Afinal, quem quer seguir um perdedor, um rejeitado, um fracassado? A rejeição pela liderança judaica e a morte (de cruz) seriam a evidência do fracasso. Diante da reação de Pedro, Jesus repreende-o na frente dos demais discípulos. Para transformar a realidade de morte, é preciso que ele tome sobre si toda a maldade humana. Por isso Jesus anuncia que, se alguém quer segui-lo, precisa aderir totalmente à sua proposta. Ele vê o momento atual (incredulidade e maldade); ele viu a tentação de Pedro de negar um tal Messias. Ele pode oferecer vida porque ele é o próprio evangelho. Não é um líder populista ou autoritário. O preço da oferta de vida será a sua vida na cruz. Jesus assume a “conta” sozinho. A salvação é dada, é presente, não é adquirida por mérito. Mas é preciso abraçá-la com fé. Confessar com a boca e com toda a vida que Jesus é o Senhor: eu sou o que sou por sua graça, minha vida só tem sentido nos passos de meu Salvador.
A respeito de Marcos 8.31-38, Julius Strathmann escreve o seguinte:
É importante considerar que o anúncio do sofrimento sempre esteve presente na história do povo de Israel, desde Isaías 53 [...]. O período dos macabeus promoveu essas ideias. Sofrer e morrer fazem parte da vida dos profetas (Lc 13.13; Mt 23.34s; Lc 6.23 [...]). João Batista seguiu esse caminho. A certeza de que o messias haveria de sofrer está presente nos apocalipses judaicos, pois eles identificam o messias com o servo sofredor de Isaías 53. [;...] Pode-se imaginar martírio glorioso, ressurreição do rei, mas não dá para pensar em um messias rejeitado pelo povo de Israel, julgado por sua suprema corte. É disso que falam as palavras de Jesus. [...].
Pedro, que antes confessava, agora nega. [...] Será que Pedro aguarda um Messias glorioso, o juiz que vem dos céus? Ou será que ele espera por sofrimento, diferente do anunciado por Jesus? O texto nada diz. A resposta de Jesus se afasta de todos esses ideais messiânicos. Jesus se afasta de Pedro, volta-lhe as costas, põe os olhos nos discípulos: quem quiser impedir a caminhada de Jesus em direção ao sofrimento é um Satã; é tentador, o próprio adversário de Deus. Isso é assim, porque pensa conforme pensam seres humanos. Quer o que todos os seres humanos pensam e querem. [...] As palavras que falam do sofrimento tem o AT como pressuposto. A palavra grega para “rejeitar” é utilizada em 12.10, citando o Salmo 118.22: Cristo é a pedra rejeitada pelos construtores; em Isaías 53.3 é descrito como o servo de Deus que é rejeitado por todos. [...]
A confissão a Jesus como o Messias e o anúncio do sofrimento são um primeiro ponto alto do evangelho. Não é por acaso que a parte do evangelho que segue ao primeiro ponto alto é mais extensa do que tudo o que precedeu. Aqui o evangelho é mencionado pela primeira vez no evangelho. Jesus, o crucificado e o ressurreto, é o Messias. Foi essa a confissão das comunidades palestinenses e helenistas. Paulo e Pedro têm a mesma confissão. Tudo o que o evangelista narrar a seguir é desdobramento desse evangelho. Tudo o que descreveu anteriormente quer ser entendido a partir de nosso texto.
O texto, a partir de 8.34, tem dois destinatários: os discípulos e o povo. [...] A maioria das palavras também aparece em Q. Temos, pois, ditos independentes que, originalmente, foram transmitidos isoladamente como ditos. “Seguimento/discipulado” já tinha sido tematizado em 3.13s. Seguimento não tem o significado de “imitação de Cristo”. À época, “seguir” significava “estar com ele”, “andar atrás dele como aluno”. Da mesma maneira, ao longo da história da igreja, expressões como “negar-se a si mesmo” e “levar a cruz” foram esvaziadas de seu sentido. O significado de “negar” podemos ler em v. 14.71: “não conheço o homem”. Por semelhança, aqui: não se conhecer, desconhecer seu próprio Eu. Palavras como Mc 9.43ss; Mc 6.3 e Mt 18.3, também Mt 11.11; Lc 9.60; 15.24,32 e os paralelos ao v. 35 e 36 significam: novo nascimento, um Eu totalmente novo; o mesmo, portanto, que encontramos em João 3.3. O mesmo é afirmado pelo dito do carregar a cruz. Seu sentido não diz de um carregar a cruz apenas após a crucificação de Jesus, mas no sentido usado pelo judaísmo: “Abraão tomou a lenha do sacrifício e depositou-a sobre seu filho Isaque; como alguém que carrega a cruz sobre seu ombro”. Nosso dito significa, pois: saber-se condenado à morte, à morte de um criminoso. [...] O v. 35 refere-se, indiscutivelmente, ao martírio. Os discípulos de Jesus perdem sua vida por ser perseguidos por causa dele e por causa do evangelho que anunciam. Nossa palavra foi transmitida 6 vezes. “Por causa do evangelho” só encontramos em Marcos; quem nega no martírio, para salvar sua “vida”, na verdade PERDE sua vida. [...]
É verdade que no original grego encontramos a palavra alma. Mas ela significa o mesmo que “vida”; é esse o sentido de “alma” em todo o NT. [...] Nesse caso, nosso dito significa: que adianta conseguir todo o mundo se acabares morrendo? Com todas as tuas posses podes reiniciar tua vida? É possível que o dito tenha sido, originalmente, dito popular profano: de que vale toda a tua posse se vieres a morrer? Na boca de Jesus transforma-se em uma espécie de parábola: de que adianta possuir o mundo inteiro se aquele que o possuísse viesse a morrer? É nesse sentido que vão as palavras do Senhor a respeito de viver e morrer mencionadas no v. 34 [...]. Se for esse o sentido de nossa palavra, então está dirigida a todos os seguidores de Jesus, sem exceção. Eles perderam sua vida – sua vida própria –; o que permanece como recompensa para que se reconquiste vida? Aqui entram as palavras do Salmo 49.8s e Mc 10.45. [...]
“Envergonhar-se” de Jesus e de suas palavras é expressão muito forte; não encontramos equivalente em nenhum dos livros proféticos. Nenhum profeta as dirige a seus ouvintes: não te envergonhes de minhas palavras. O dito, portanto, pressupõe que a expressão pressupõe valor especial; no entanto, vergonha e deboche aguardam o mensageiro dessas palavras. É o pensamento do “Evangelho” do v. 38 e de Rm 1.16. Ainda mais forte é o “envergonhar-se de mim”; ele se encontra além de qualquer palavra dos profetas. Os profetas desaparecem por trás de sua mensagem; Jesus, contudo, é sua própria mensagem porque ele é a presença da mensagem do reino de Deus que há de vir e isso se expressa em sua palavra. Por isso, negar suas palavras e negar a ele é o mesmo. Negá-lo ou envergonhar-se dele no discipulado é escandaloso. As palavras de nosso versículo confirmam e esclarecem esse aspecto na ameaça do juízo constante no v. 36s e destinada ao discípulo que quer “salvar sua vida” ao invés de perdê-la por causa de Jesus e do evangelho. A distinção que é feita em nosso dito entre Jesus e o filho do homem que vem vindo perfaz o mistério messiânico. Quem observar o significado que é conferido às palavras de Jesus e a ele próprio há de compreender o mistério messiânico: em Jesus e em sua palavra se decide a eterna sorte de seus ouvintes, ele é o juiz do universo. Observe-se que em nossa perícope é mencionado pela primeira vez no Evangelho de Marcos a segunda vinda de Cristo (tradução de Martin N. Dreher).
3. Meditação
1 – Jesus é o próprio evangelho. Aos que o seguem (sedentos, críticos ou curiosos) ele ensina, esclarece e orienta; ele se revela como evangelho. Ele mesmo prepara o terreno para a fé. Não temos mais Jesus conosco caminhando, ensinando, tendo comunhão de mesa, curando. O apóstolo Paulo, no entanto, diz que “a fé vem pela pregação e pregação pela palavra de Cristo” (Rm 10.17). Martim Lutero entendeu que cada pessoa deveria poder ler a Bíblia e não somente ouvi-la (seguida de interpretação) da boca dos religiosos. Nesse sentido, há preciosa contribuição luterana a ser lembrada: “Junto aos mosteiros surgem as primeiras universidades e a partir da vontade de colocar a Bíblia nas mãos das pessoas simples se prefiguram a alfabetização e a escolarização universal, tarefa mais tarde assumida pelos estados nacionais” (Danilo Streck, “Uma pedagogia da vida plena” in: Jesus de Nazaré. Profeta da liberdade e da esperança. São Leopoldo: Editora UNISINOS, p. 238). Para poder seguir a Jesus – “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me” (Mc 8.34b) – é preciso ouvir falar desse Jesus. Esse evangelho – que Jesus morreu e ressuscitou por nós, que ele é o Messias/Cristo – precisa ser anunciado claramente no culto. Para além do momento do culto, reafirma-se a necessidade de educação cristã contínua. Não se pode deixar de falar o que parece óbvio nos cultos e encontros em nossas comunidades, pressupondo que, no encontro das pessoas batizadas, o evangelho de Jesus, a vida a partir do evangelho e mesmo os princípios da confessionalidade luterana (somente por graça, somente por fé, somente pela Escritura, somente por Cristo) estejam assimilados por todos. Às vezes, o que nos parece óbvio pode ser a chave para entender muitas questões e pode levar pessoas à fé. “A Escritura é como uma ervinha; quanto mais a trituras, mais perfume ela solta” – disse Martim Lutero. Nenhum texto envelhece! Cada pessoa cristã precisa ouvir, sempre de novo, o que Deus lhe oferece para que o impacto dessa graça a transforme em um “novo eu”.
2 – “Siga-me”, disse Jesus (Mc 8.34). Seguir a Jesus não se restringia à imitação; antes era, de fato, seguir seus passos, estar com ele, andar com ele, aprender com ele. Consigo isso? Consigo confessar esse Cristo que foi rejeitado até por gente de seu povo? Consigo colocar em primeiro lugar o Cristo com sua radicalidade pela vida, o Cristo que andou com pecadores/as, com doentes, com gente desprezada pela sociedade, cuja lembrança mais visível hoje, em todo lugar, é a cruz, pena capital no Império Romano, em seu tempo? Consigo estar com Cristo junto aos doentes, aos excluídos, na prática da justiça e da misericórdia? Só por Deus mesmo! Foi o meu pecado que ele tomou sobre si. É a minha salvação e de todo o que crê, a minha vida (Mc 8.35) que ele me oferece, gratuitamente, por fé.
Martim Lutero diz que as obras de Cristo contidas nos evangelhos não são exemplos ou “onde aprenderíamos o que devemos fazer” (Martim Lutero, Obras Selecionadas v. 8, p. 171).
O ponto principal do evangelho, seu fundamento, é que antes de tomares Cristo como exemplo o acolhas e o reconheças como dádiva e presente que foi dado a ti, pessoalmente, por Deus, ou seja, que ao vê-lo ou ouvi-lo fazer ou sofrer alguma coisa, que não duvides que ele, Cristo, com esse fazer e sofrer, seja teu, e nisto não te fies menos do que se tu o tivesses feito, sim, como se tu fosses o próprio Cristo. Isto sim significa reconhecer corretamente o evangelho, ou seja, a bondade exuberante de Deus, a qual nenhum profeta, nenhum apóstolo, nenhum anjo jamais pôde esgotar em palavras, nenhum coração jamais pôde assombrar-se e compreender o suficiente. Este é o grande ardor do amor de Deus para conosco. Disso o coração e a consciência se alegram, ficam seguros e tranquilos. Isso é pregar a fé cristã. Por isso tal pregação se chama de evangelho, ou seja, [...] uma mensagem alegre, benfazeja e confortadora, mensagem pela qual os apóstolos são chamados de os doze mensageiros. [...] quando tens a Cristo como fundamento e bem maior da tua felicidade, segue um outro ponto: que o tomes como exemplo e também te ofereças para servir ao teu próximo, assim como vês que ele se ofereceu a ti (p.173). Cristo é teu e te foi dado como presente. [...] Importa que tomes isso como exemplo e também ajudes o teu próximo e procedas do mesmo modo com ele, isto é, que sejas também para ele um presente e um exemplo (p. 174).
Caso no culto aconteça o sacramento do Batismo, é importante lembrar do valor da vivência cristã diária das pessoas adultas da família como passos a serem seguidos pelas crianças. Já no Antigo Testamento, encontramos exemplos de como os pais educavam na fé seus filhos por meio do resgate, da memória da ação de Deus (Dt 6.4-9). Criança aprende pelo exemplo. Faz mais o que vê do que o que ouve. Nós podemos ser um meio de o evangelho tornar-se conhecido e ser sentido por nossas crianças e, por intermédio de nossa ação, podemos ajudá-las a seguir a Jesus (ou não).
3 – As ofertas são muitas. Não só hoje. A pergunta é: vale a pena a vida sem Jesus? Se tivermos tudo o mais e o nosso limite for apenas esta vida, valeu a pena? Sem Jesus não há vida em comunhão com Deus e com o próximo. Do que nos vale então o viver? Aqui Jesus nos conduz ao que dá sentido à nossa vida: “Negar a si mesmo”, desconhecer o nosso próprio eu e, vivendo com ele, experimentar uma nova vida, não sem sofrimento. Nosso melhor “investimento” é viver COM Jesus. Tudo o mais decorre disso. Nessa vida com Cristo, os benefícios não são individuais como possa parecer, talvez, num primeiro momento, pela linguagem econômica utilizada por Jesus: ganhar x perder. Porque a vida com Cristo é vida com o próximo sempre! “Quando fizeste isso [...] a um dos meus pequeninos, a mim o fizeste” (Mt 25).
Numa vida com Cristo, o próximo passa a ser mais importante do que o acúmulo de bens. Entendo toda a minha vida como um presente de Deus e uma oportunidade para servir. Trabalho para viver; trabalho porque com meu trabalho tenho a oportunidade de fazer o bem. Disponho do que tenho e do que sei para o bem de quem está comigo, porque importa o bem-estar coletivo e não o acúmulo de capital, visto que minha vida é finita e não vou levar nada comigo. Assim como a vida me foi concedida por Deus, ficarei sob os seus cuidados também na morte. Se minha vida foi movida por meus interesses, no final dessa vida ficarei sem nada porque nada posso levar comigo. Se a fé me alcançou, seguirei tranquilo porque quem me concedeu a vida também cuidará de mim até o dia da ressurreição. Ao encontrar Cristo, eu encontro o irmão, a irmã, em sua angústia, dor ou alegria. Eu me solidarizo, multiplicam-se as relações de cuidado, de afeto e de cooperação. Aceito o Cristo que morreu e ressuscitou por mim e, em seu seguimento, experimento uma vida de doação.
4. Imagens para a prédica
Assim que li o texto, cenas de minha infância vieram à minha mente. Lembrei-me de como o pai e a mãe nos tomavam pelas mãos, firmavam nossos pés sobre seus pés e caminhavam conosco. Brincávamos sustentadas por seus pés e seguras por suas mãos. Lembrei-me também de nossas “aventuras” nos morros no interior de Teófilo Otoni/MG. O pai tomava um facão velho, enferrujado, convidava suas “meninas” para uma caminhada pelos morros e ia à frente, abrindo o caminho com seu facão. Ele ia anunciando: cuidado com isso, segurem aqui ou ali, dá a mão para não cair! Nós seguíamos seus passos e experimentávamos seu cuidado. E todos nos divertíamos muito!
Pés/passos poderiam ser afixados no corredor da igreja, não da porta até o altar, mas, ao contrário: para fora, para “o mundo”.
5. Subsídios litúrgicos
Hinos de Quaresma: HPD 54 (Cristo quero meditar em teu sofrimento); HPD 46 (Agradecemos-te, Jesus). Outros hinos: HPD 463 (Caminhamos pela luz de Deus); OPC 211 (Vem, ó tu, que fazes novos os sistemas de pensar); HPD 413 (Senhor, se tu me chamas, eu quero te seguir).
Bibliografia
STRATHMANN, Julius. Das Evangelium nach Markus. Göttingen: Vandenhoeck & Ruprecht, 1940. (Das Neue Testament Deutsch 1).