Prédica: Isaías 52.13-53.12
Leituras: João 19.16-30 e Hebreus 10.16-25
Autor: Roger Marcel Wanke
Data Litúrgica: Sexta-feira da Paixão
Data da Pregação: 06/04/2012
Proclamar Libertação - Volume: XXXVI
1. Introdução
O centro da fé cristã é a cruz de Jesus Cristo. Essa cruz é, por um lado, o escândalo e a loucura (1Co 1.18-25). Ela é a denúncia de toda a pecaminosidade humana. Por outro lado, ela é a expressão máxima do amor de Deus ao ser humano pecador. Quem vem ao culto na Sexta-feira da Paixão sabe que vai ser confrontado com a cruz de Jesus Cristo. Sendo assim, será confrontado com a sua pecaminosidade e, ao mesmo tempo, com o grande amor de Deus. Na cruz de Cristo esbarram-se a santidade de Deus e o pecado do ser humano. A cruz é, portanto, confronto e encontro com o Cristo, o servo de Deus, que foi moído e castigado por nossas iniquidades, para que pudéssemos andar no novo e vivo caminho com Deus.
O culto de Sexta-feira da Paixão é, dentro do calendário litúrgico da igreja, um contraste em relação ao Domingo da Páscoa. Embora o seu centro seja a obra redentora de Jesus Cristo na cruz do Calvário, a dimensão da esperança da ressurreição, do túmulo vazio, deve fazer parte do culto da Paixão. Exatamente essa dimensão entre morte e vida, humilhação e exaltação se percebe ao ler os textos previstos para a leitura bíblica e para a pregação deste dia.
Para a pregação deste dia nos é indicada a perícope de Isaías 52.13-53.12, que aponta para o sofrimento do servo do Senhor. As duas leituras bíblicas previstas, conforme o Lecionário Comum Revisado, destacam, acima de tudo, a obra redentora de Jesus Cristo. Em primeiro lugar, o relato da crucificação descrito no Evangelho de João 19.16-30 (31-37) deve ser entendido, a partir do contexto do evangelho, como a intenção de apresentar Jesus como o “cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). Ao mesmo tempo, a crucificação de Jesus é a glorificação do Filho do Homem (cf. Jo 2.4; 7.39; 12.23; 13.31). Interessante é perceber que o v. 16 relata o fato de Pilatos entregar Jesus para ser crucificado. O verbo entregar aqui é o mesmo usado em João 3.16, onde se lê que Deus amou o mundo e entregou seu filho unigênito para a sua salvação. O evangelista é o único a citar que a morte de Cristo é a consumação da salvação (19.30). Já o texto de Hebreus 10.16-25, em segundo lugar, é ao mesmo tempo uma confissão da comunidade cristã e uma exortação a ela, que vive sua fé a partir da remissão dos pecados e da salvação conquistada pelo sangue de Cristo na cruz. O centro desse culto de Sexta-feira da Paixão, portanto, é apresentar Jesus Cristo como o servo sofredor, cuja morte na cruz é a consumação da salvação e a remissão de todo o pecado em favor de todo ser humano (por nós).
2. Exegese
A perícope prevista para a pregação, Isaías 52.13-53.12 (o texto veterotestamentário que mais corresponde à mensagem da igreja cristã, segundo Hans Walter Wolff, p.13), pertence ao grupo de textos assim chamados “Cânticos do Servo Sofredor” (Is 42.1-9; 49.1-13; 50.4-10). Como parte do Dêutero-Isaías, os cânticos do servo formam uma unidade que é acrescentada ao texto profético como processo redacional. A perícope é um dos textos mais complicados e problemáticos do Dêutero-Isaías. O texto apresenta várias dificuldades lexicais e gramaticais, e partes do texto, como, por exemplo, os v. 9-11, são de difícil reconstrução. Além disso, verifica-se ainda, de forma geral, a dificuldade de compreensão tanto do conteúdo como do contexto da perícope. De qualquer forma, faz-se necessário tentar entender a perícope e considerá-la dentro do contexto dos três outros cânticos do servo, anteriores à perícope em questão, os quais abordam a legitimação e a tarefa do servo de Javé, temas que são pressupostos do quarto cântico: a) o Senhor tem chamado o seu servo desde o ventre materno (42.1; 49.1,5); b) sua tarefa será trazer os exilados de volta a Jerusalém e reunir todo o povo de Israel (49.5) e, além disso, será o anúncio da boa notícia do novo relacionamento entre Deus e a humanidade a todos os povos da terra (42.5; 49.1); c) o segundo e o terceiro cânticos deixam reconhecer que o servo de Javé, no desempenho de sua tarefa dada por Deus, permanece sem sucesso. Ele se empenha para encontrar eco em seu anúncio, mas sua tentativa permanece em vão (49.4); d) finalmente, o servo cai em perseguição e precisa suportar maus-tratos (50.6-7). É nessa situação que o quarto cântico se encaixa.
Quem é esse servo ninguém sabe. As opiniões partem de informações do próprio livro, mas se dividem. De forma geral, a pesquisa apresenta a distinção de um significado individual e outro coletivo: muitos o identificam com o próprio profeta “Dêutero-Isaías” (cf. 43.10; 44.26; 50.10; 59.21). Outros o identificam com o rei persa Ciro, que é chamado por Deus de bom pastor e messias, pois liberta o povo do exílio e constrói o Templo (cf. 42.5-7; 44.28; 45.1-7, 12-13). Ainda outros o identificam com uma parte de Israel, que auxilia a outra parte para a salvação (cf. 41.8; 42.19; 43.10; 44.1ss; 45.4; 48.20, 49.3). Nesse sentido, uma identificação clara não é visível, nem possível.
Mesmo contendo essas dificuldades linguísticas, literárias e teológicas, a perícope é coesa e apresenta de forma poética uma estrutura quiástica (concêntrica). Os v. 13-15 e os v. 11-12 formam uma espécie de moldura. O uso da expressão “meu servo” (52.13 e 53.11) deixa claro que o sujeito da moldura é o próprio Javé. O conteúdo é a exaltação do servo. No centro (v. 1-10) encontra-se o sofrimento do servo, que é narrado em forma de confissão por um grupo (nós) que não é identificado. Vejamos alguns detalhes do conteúdo de cada uma das partes da perícope, que se fazem relevantes para a pregação:
a – 52.13-15: Mesmo sem identificação ou sem a fórmula profética oracular (“assim diz o Senhor”), sabe-se que aqui quem está falando é o próprio Javé. O que Javé diz a respeito de seu servo parece ir contra a expectativa do próprio servo. Javé afirma e anuncia o êxito e a exaltação de seu servo. Javé descreve-o como prudente, exaltado e sublime. Esses mesmos adjetivos são usados para descrever o próprio Senhor no livro de Isaías (Is 2.10-19; 6.1). A glorificação do servo passa por sua humilhação e sua desfiguração. Aqui se percebe um paralelo com a teologia joanina, que enfatiza a glorificação de Jesus na humilhação da cruz. Tanto o sofrimento como a exaltação levam nações à admiração. O silêncio diante daquilo que Deus faz com seu servo será a resposta do mundo.
b – 53.1-10: Esse trecho interrompe o oráculo de Javé e apresenta uma confissão de um grupo também anônimo, identificado como a comunidade exilada. O tema do centro da perícope é o sentido do sofrimento do servo. Esse tema já pode ser visto também na moldura, embora de forma mais condensada (52.14 e 53.12). Esse núcleo do quarto cântico do servo pode ser dividido em três estrofes (Croatto, p. 273).
Primeira estrofe (v. 1-3): O v. 1 pode ser considerado uma introdução do que segue. Duas perguntas são feitas pelo anônimo ”nós”. A primeira delas refere-se a uma pregação que não encontrou eco em quem viesse à fé por meio dela. A segunda faz menção ao braço de Javé. No v. 2, o servo é descrito a partir de sua aparência: nada nele é atraente; sem figura humana, sem formosura, sem beleza, completamente desfigurado. Já o v. 3 descreve o servo como alguém completamente desprezível entre os seres humanos (Sl 31.11s; 38.8,9,12; Lm 3.1,14), inclusive pela própria comunidade exilada, que está por trás do “nós” neste cântico: “... e dele não fizemos caso”.
Segunda estrofe (v. 4-6): Diante dessa descrição, que é, na verdade, uma triste constatação, a reação da comunidade exilada é a confissão de sua culpa. No relato acerca do sofrimento do servo, surge no v. 4 uma clara mudança de perspectiva: “Certamente o servo toma sobre si as (nossas) enfermidades”. Isso é (nossa) culpa; é por causa de nós que ele é ferido por Deus, ou seja, esse sofrimento do servo é vicário. A comunidade confessa que o servo sofre e morre por ela. Aqui se percebe claramente a temática do sofrimento do justo. O sofrimento, portanto, “não é visto como um castigo individual, mas como proveitoso para outros” (Croatto, p. 274). No v. 5, é falado do efeito salvífico que o sofrimento do servo traz à comunidade: o castigo que o servo experimenta traz paz, e o seu sofrimento (cicatrizes) traz cura às enfermidades. No v. 6, a confissão de pecados é articulada com o motivo da ovelha perdida (Jr 10.21; 13.20; 23.1-3; Ez 34.1ss; 50.6-7,17; Mq 2.12; 4.6-7; 7.14). Essa figura contrasta com a do cordeiro no v. 7, que descreve o servo. Enquanto o rebanho inteiro (figura da comunidade exilada/dispersa) se desviava e, por isso, se tornou merecedor do castigo, quem sofre, na verdade, é o servo. Enfaticamente, a comunidade afirma, no final da segunda estrofe, que o sujeito desse castigo e de todo o sofrimento do servo é o próprio Senhor, que fez cair sobre ele sua iniquidade.
Terceira estrofe (v. 7-10): O tema aqui continua sendo o mesmo: o servo do Senhor sofre vicariamente em favor da comunidade exilada. No v. 7, o servo é descrito como o cordeiro que enfrenta os tosquiadores e o matadouro, ou seja, o juízo, sem abrir a boca. Ele é oprimido e humilhado [linguagem que remete às condições no Egito – cf. Êx 3.7; 5.10,13-14]. Mais uma vez, no v. 8, a transgressão da comunidade exilada, chamada aqui de “meu povo”, é apresentada como a causa do juízo opressor que o servo experimenta e que atesta o seu desaparecimento. Ser cortado da terra dos viventes é forma poética para descrever a morte do servo. No v. 9, a humilhação do servo tem continuidade. Ele não apenas é morto injustamente, mas é sepultado entre os malfeitores e perversos. Ao mesmo tempo, o v. 9 afirma, mais uma vez, a inocência do servo por intermédio de duas expressões: a primeira aponta para a violência dos atos, e a segunda para a fraude das palavras. O servo é justo em palavras e ações e, mesmo assim, sofreu a morte destinada aos perversos e mentirosos. A terceira estrofe termina no v. 10 da mesma forma como terminou a segunda, afirmando que o sujeito do sofrimento do servo é o próprio Senhor. No v. 6, o Senhor fez cair sobre o servo a iniquidade da comunidade exilada. Agora, o Senhor tem prazer em moer o seu servo, fazendo-o enfermar. Isso tem a finalidade de ser oferta pelo pecado, ou seja, expiação de toda culpa e pecado (Lv 4-5; 7; 14; 19).
c – 53.11-12: Por fim, temos mais uma vez a intervenção de Javé, que assume novamente a palavra para afirmar o triunfo de seu servo. Esse já inicia no final do v. 10 e é descrito como bênção de prosperidade à descendência do servo. O êxito do servo é descrito no v. 11 como fruto de justiça: o justo que sofre injustamente para trazer a justiça a injustos. A razão é clara: “porque as iniquidades deles levará sobre si”. Esse verso pode ser considerado um tipo de resumo dos v. 4-6, enfatizando que sobre o servo está toda a iniquidade da comunidade. Sobre ele pesa a ira de Deus. Já o v. 12 conclui o cântico com a afirmação de que o servo entrega sua vida para a remissão dos pecados. Como síntese dos v.7-10, o v. 12 enfatiza o caráter expiatório do sofrimento do servo uma vez como cordeiro, pelo fato de derramar a sua vida em favor de muitos, e ao mesmo tempo como sacerdote, por ter intercedido pelos transgressores. Sobre ele está a oferta pelo pecado para a salvação.
Como pode ser percebido na análise, tanto o discurso de Deus sobre o servo como a confissão de culpa da comunidade exilada se encontram e são confrontados com o sofrimento vicário do servo.
3. Meditação
Pregações de textos veterotestamentários são infelizmente raras. Aqui se têm, ao mesmo tempo, a oportunidade de aprofundar um dos textos mais conhecidos do Antigo Testamento e o desafio de pregá-lo à luz de seu contexto histórico, literário e teológico. O texto de Isaías 52.13-53.12 é pregado ainda hoje, pois no Novo Testamento sua recepção é relativamente grande (Mt 8.17; 26.63; 27.26,57; Lc 22.37; At 8.32-34; Rm 4.25; 10.16; 15.21; 2Co 5.21; Hb 2.10; 1Pd 2.1; 2.22-24, entre outros).
Contudo, a pregação de Sexta-feira da Paixão é pregação da paixão de Jesus Cristo. Ao se pregar nesse dia sobre um texto veterotestamentário, deve-se, acima de tudo, estar consciente das distinções históricas e teológicas. Uma identificação automática do servo sofredor do Dêutero-Isaías com Jesus Cristo é problemática. Isaías 53 fala de uma personalidade histórica; bem provável que seja o profeta mesmo, em uma situação histórica específica. Isso exclui a priori a possibilidade de identificar o servo sofredor de Isaías 53 com Jesus de Nazaré. O evento narrado sobre o servo sofredor não é nenhum acontecimento esperado para um futuro distante, mas já é história. Todavia, o evento é mais do que história. Como a análise do texto mostrou, o texto fala, acima de tudo, do sofrimento vicário do justo pelo injusto, que transcende a história. Nesse sentido, a igreja primitiva interpretou, respondendo a pergunta do eunuco da rainha Candace da Etiópia – “Peço-te que me expliques a quem se refere o profeta. Fala de si mesmo ou de algum outro?” – com a pessoa de Jesus Cristo. A vida e a obra de Jesus são modeladas a partir da vida e da obra do servo sofredor. Em Jesus Cristo se realiza o sofrimento vicário do servo sofredor.
Mesmo que o tema deste culto é a morte de Cristo na cruz, não se deveria pregar um Cristo morto. A realidade da Páscoa é parte fundamental de todo culto cristão. Para a comunidade cristã, a promessa contida em Isaías 53.10 de que os dias do servo serão prolongados cumpre-se no anúncio da ressurreição de Jesus, o crucificado. Deus disse o seu sim para a obra e o sofrimento de seu servo des¬prezado. Assim foi a sua vontade: que ele trilhasse esse caminho. Por isso a sua morte não é o fim, mas o novo começo (novo e vivo caminho – Hb 10.20) de Deus não apenas com o seu servo, mas com toda a humanidade. O cristão, assim como a comunidade exilada, não é apenas espectador do sofrimento do servo. Somos chamados a confessar o nosso pecado e a reconhecer que Jesus, o servo, carregou sobre si os nossos pecados. Somos chamados a crer na morte vicária de Jesus por nós.
A pregação cristã deve apontar para Cristo. Como tema da pregação, sugere-se, a partir do texto, o seguinte esboço homilético:
Tema da pregação: Jesus, o servo justo que sofreu por nós
1. Jesus Cristo tomou por nós sobre si as nossas iniquidades.
2. Jesus Cristo entregou por nós sua vida como oferta por nossos pecados.
3. Jesus Cristo intercedeu por nós transgressores.
4. Imagens para a prédica
Para ilustrar a pregação, pode-se contar a famosa história do “boi de piranha”, fato que acontece com os boiadeiros no norte do Brasil. Esse fato ilustra o sacrifício de Jesus Cristo, servo de Deus que foi ferido, castigado e morto por nós. A ênfase da ilustração está na questão vicária da morte de Jesus.
“A boiada tinha que ser levada para o outro lado do rio. Lá estavam os pastos verdejantes. Aquém do rio, os animais não podiam ficar, pois morreriam de fome. Corria, entretanto, em perigo de vida quem atravessasse o rio. Porque as águas estavam infestadas de piranhas, esses terríveis peixes no norte do Brasil. Milhares desses salteadores com seus dentes pontudos estavam esperando nas águas escuras. Qualquer ser vivente que ousasse pisar na água seria dilacerado em poucos momentos. Como então atravessar o rio? Os homens da tropa pegaram um touro, amarrando-o, cortaram profundamente a carne do animal que devia ser sacrificado. Depois ele foi jogado para dentro da água [...] As piranhas atacaram-no; a água tornou-se cor de sangue. Veem-se partes de seu corpo completamente rasgadas. O fim desse terrível sacrifício é o esqueleto sem carne alguma. A boiada, entretanto, estava salva. Pouco acima, passou tranquilamente pelo rio da morte. Pois os cardumes de piranhas tinham se lançado sobre o touro sacrificado, e assim os animais não sofreram danos. Chegaram são e salvos aos pastos verdejantes.” [JUCKSCH, Alcides. Amor sem Fronteira – Devocionário Diário, p. 189].
5. Subsídios litúrgicos
O culto de Sexta-feira da Paixão possui dois momentos litúrgicos: a liturgia da Palavra e a liturgia da Eucaristia.
Liturgia da Palavra:
Aqui se sugere fazer a leitura bíblica de João 19.16-31-37, intercalando o hino 53 do HPD I (Ó fronte ensanguentada, Paul Gerhardt). A perícope pode ser dividida em quatro pequenos blocos, que poderão ser lidos por representantes de quatro grupos de trabalho da comunidade (culto infantil, juventude, OASE, pres¬bitério ou outros). A sugestão de sequência é a seguinte: 1 – Canta-se a primeira estrofe do hino 53 – Leitura: João 19.16-22 (criança do culto infantil). 2 – Canta-se a segunda estrofe do hino 53 – Leitura: João 19.23-27 (jovem). 3 – Canta-se a terceira estrofe do hino 53 – Leitura: João 19.28-30 [senhora da OASE]. 4 – Canta-se a quarta estrofe do hino 53 – Leitura: João 19.31-37 (membro do pres¬bitério). 5 – Canta-se a quinta e última estrofe do hino 53.
Liturgia da Eucaristia:
Aqui se sugere apenas uma forma diferente de distribuição dos elementos da Ceia, que dependerá, obviamente, da disposição dos bancos no espaço litúrgico. A ideia é formar pequenos grupos com as pessoas de cada banco, ou dois bancos (cerca de no máximo 10 pessoas). Após a oração eucarística, uma pessoa de cada grupo vai até a mesa do altar e pega um cálice e um prato com o pão e volta a seu grupo. Esse, então, distribui os elementos. No final da Ceia, a comunidade faz a leitura em conjunto do texto previsto para a leitura bíblica de Hebreus 10.16-25 como expressão de gratidão e compromisso diante da obra redentora de Jesus Cristo em nosso favor.
Além desses subsídios, sugere-se ler o texto de João 3.16 como palavra de acolhida. Sugestões de hinos: a) Hino inicial: 473 (HPD II); b) Hino após a pregação: 43 (HPD I); c) Hino final: 45 (HPD I).
Bibliografia
CROATTO, J. Severino. Isaías: A palavra profética e sua releitura hermenêutica. V. II: 40-55 A libertação é possível. Petrópolis: Vozes; São Leopoldo: Sinodal, 1998.
SCHÖKEL, Luiz Alonso; DIAZ, J. L. Sicre. Profetas I: Isaías e Jeremias. São Paulo: Paulus, 1988. (Grande Comentário Bíblico).
WOLFF, Hans Walter. Jesaja 53 im Urchristentum. Berlin: Evangelische Verlagsanstalt, 1953.