Em visita história no dia 21 de junho, o Papa Francisco passou o dia todo na sede do Conselho Mundial de Igrejas-CMI em Genebra-Suíça. O objetivo da visita papal foi levar o abraço pessoal da igreja católica às 348 igrejas de todo o mundo que se unem em torno de objetivos ecumênicos comuns na entidade septuagenária.
Pronunciamentos de parte a parte, celebrações, orações em comum pela unidade, uma missa campal e muitas demonstrações de afeto pela presença do pontífice na sede do CMI marcaram o dia. “Eu queria participar pessoalmente das celebrações dos 70 anos de existência do Conselho, para reforçar o engajamento da igreja católica pela causa ecumênica”, frisou Francisco.
Em resposta, o secretário-geral do CMI, o pastor norueguês Olav Fykse Tveit, estreitou o papa num abraço apertado, enquanto a equipe de colaboradores do Conselho ovacionava o pontífice e milhares de fotos eram tiradas. Como presente por sua visita, o papa recebeu uma cruz esculpida por um surdo-mudo queniano.
Tanto a comitiva papal quanto os representantes das igrejas deixaram claro durante o encontro que seu principal objetivo é buscar união e fortalecimento conjunto para lutar por um mundo melhor. A moderadora do comitê central do CMI, a queniana Agnes Abuom, resumiu esta intenção num ditado de sua terra: “Se você quer caminhar rápido, então vá sozinho, mas se quiser caminhar longe, caminhe junto com outros”.
Para o Papa Francisco, a ação das igrejas em conjunto é cada vez mais necessária no apoio aos pobres, aos excluídos e sem direitos. Os mais fracos são cada vez mais empurrados para o abismo, disse ele. Isso faz com que muita gente em todo o mundo tenha que levar uma vida “sem pão, sem trabalho e sem futuro”, pontuou.
O CMI foi fundado no dia 23 de agosto de 1948 e reúne igrejas protestantes, anglicanas, ortodoxas, católicas antigas e igrejas livres, num total de 560 milhões de cristãos. A Igreja Católica Romana, que reúne 1,4 bilhão de cristãos, atua em importantes grêmios do CMI desde os anos 1960. De uma filiação da ICAR ao CMI não se fala. Segundo entendimento geral, a igreja católica é grande demais para o CMI.
Fonte: O Caminho