O “Relatório sobre a dignidade humana e a paz no Brasil 2003”, que o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic) apresenta na Câmara dos Deputados no dia 29, fica evidenciado que, quanto maior o grau de esclarecimento das pessoas sobre o tema, tanto mais elevado é o grau de sua indignação. Em São Paulo esse índice foi de 56,5; no Rio de Janeiro, 51; e em Recife, 50,7.
“É um dado que ainda está em construção, pois é o segundo ano em que fazemos o relatório”, destaca o professor de Filosofia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Carlos Matheus, organizador das pesquisas
A primeira pesquisa do gênero, realizada na Grande São Paulo entre os meses de julho e setembro de 2002, concluiu que o índice de indignação era de 50,9, o que significa que os paulistanos estavam, então, a meio caminho entre uma atitude conformista quanto à banalização do respeito à dignidade humana e uma postura de luta para que isso não ocorresse.
A pesquisa de 2003 revelou que nove entre dez pessoas, nas três capitais, consideram possível fazer alguma coisa contra a falta de dignidade humana. “Mas elas se sentem impotentes em agir sozinhas. O resultado é um conformismo”, avalia Matheus. O relatório aparece em livro das editoras Salesiana e Paulinas.
Fonte: ALC/Notícias IECLB