DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO – 2014
Preparado pelas Mulheres do DMO do Egito
TEMA: MANANCIAIS NO DESERTO
INFORMAÇÕES SOBRE O PAÍS
Dados básicos –
Nome no árabe falado: Misr (mis-ra)
Nome completo do país: República Árabe do Egito
Localização geográfica: Costa nordeste da África
Limites: Mar Mediterrâneo (Norte); Mar Vermelho (Leste); Sudão (Sul); Líbia (Oeste).
Área total: 1.001.450 Km2; terra - 995.450 Km2; água - 6.000 Km2.
Capital: Cairo
Cidades principais: Alexandria, Port Said, Ismailia, Suez, Assuit, Menya, Luxor, Aswán
População: Mais de 84.5 milhões (censo de 2010)
Idiomas: árabe (oficial); inglês e francês.
Clima: cálido e seco, no verão; moderado, no inverno, com chuvas ocasionais.
Religião: Islamismo (88%); Cristianismo (12%, na maioria coptas ortodoxos, com minorias protestantes e católicas) e alguns poucos milhares de judeus egípcios.
Moeda: Libra egípcia – LE
Economia: agricultura, mineração, turismo, indústria (cimento, têxteis, fertilizantes, borracha).
Recursos naturais: petróleo, gás natural, minerais de ferro, fosfatos, manganês, cal, talco, gesso, amianto, chumbo, zinco.
Governo: República
I - Cenário Geográfico
O Cairo, capital do Egito, é a maior cidade da África, com mais de 16 milhões de habitantes. O Nilo, o segundo maior rio do mundo, flui através do Saara, o maior deserto do mundo. Quase toda a água do Egito procede do rio Nilo.
II - Cenário Político e Histórico
O Egito, geralmente chamado “a Pátria do Mundo” e “O Encantador Berço das Civilizações” é uma das terras mais antigas e fascinantes da história universal. Segundo Gênesis, capítulos 10 e 11, o Egito foi povoado pouco depois do Dilúvio por Mizraim, filho de Cam. Vem de Mizraim a palavra Misr, nosso nome árabe para “Egito”. A história narrada do Egito remonta à era da construção das pirâmides. Os historiadores colocam a data de seu início entre 4.000 e 2.700 a.C. Cada uma das pirâmides antigas era a tumba de um monarca divinizado e absoluto, conhecido como Faraó. Esta era chegou até nós com as surpreendentes pirâmides de Gizé, uma das Sete Maravilhas do mundo antigo.
O Reino Novo, ou período Imperial, teve seu início cerca de 1.600 a.C. Foi o primeiro império mundial, e seu rei mais famoso foi Ramsés II, cujas estátuas colossais podem ser vistas hoje por todo o Egito. Aquele foi o tempo em que José e Jacó habitaram no Egito.
A Fundação da Igreja Cristã Egípcia
No ano 27 a.C., o Egito chegou a ser parte do império Romano. Sob os romanos, Alexandria continuou sendo a capital do Egito e o grego, a língua oficial. A igreja de Abu Sarga, no Cairo antigo comemora um acontecimento importante, que teve lugar no início do período romano: A Fuga da Sagrada Família ao Egito. Diz-se que a Sagrada Família viveu no local dessa igreja. Durante o período romano, o Cristianismo foi introduzido no Egito por meio dos egípcios que tinham estado em Jerusalém no dia de Pentecostes e tinham escutado o Evangelho em sua própria língua (Atos 2.4-10). Cheios de alegria, levaram as Boas Novas em seu retorno ao Egito. A organização da primeira igreja egípcia é atribuída, tradicionalmente a São Marcos, o evangelista, que fundou a famosa Escola Catequética de Alexandria, trazendo um aporte importantíssimo à Igreja Universal.
O Islamismo
O Alcorão chegou ao Egito com os árabes, em 638 d.C. Em 641 d.C. os egípcios foram obrigados a escolher entre a religião de Cristo e a de Maomé, profeta do Islam, que tinha morrido há menos de dez anos, na Arábia. Os árabes não matavam os cristãos, mas usavam um imposto alto para obrigá-los a aceitar o Islamismo.
História Contemporânea
Em junho de 2.012, o Dr. Mohammed Mursi (do Partido dos Irmãos Muçulmanos) chegou a ser o primeiro presidente eleito do Egito. Instalou uma autoridade civil e prometeu liberdade, justiça e igualdade para todos. Os cristãos e os muçulmanos moderados estão orando fervorosamente para que essas promessas se cumpram.
III – Cenário Religioso Cristão
Atualmente, os coptas (cristãos egípcios) representam mais de 12% da população do Egito. A Igreja mais numerosa e antiga é a Igreja Ortodoxa Copta, que considera São Marcos seu primeiro patriarca. A língua copta continua sendo usada na liturgia da Igreja Ortodoxa Copta. A História da Igreja Ortodoxa Copta é tão gloriosa como trágica. É gloriosa, por causa de sua primitiva contribuição à Igreja Universal, principalmente pelos seus filhos destacados e famosos, tais como os santos Atanásio, Cirilo, Antonio e Pacomio. É trágica pelo enorme número de seus filhos que sofreram perseguição e martírio por sua fé cristã. Em menor número estão também no Egito as Igrejas Ortodoxas Grega, Armênia e Síria.
STATUS SOCIAL DA MULHER
A mulher no Egito Antigo - No antigo Egito a mulher parece ter desfrutado dos mesmos direitos legais e econômicos que o homem. As distinções legais no Egito baseavam-se mais nas diferenças das classes sociais do que nas diferenças de gênero. Apesar dessa igualdade perceptiva, esperava-se, em alguns períodos, que as mulheres evitassem contato com homens que não fossem de sua família e que usassem o véu em público. As mulheres dependiam exclusivamente de seus pais e irmãos mais velhos. Quando se casavam, dependiam de seus maridos para tomar todas as decisões, e de outras mulheres para executar as tarefas caseiras.
Cleópatra, Nefertiti e Hatshepsut, como governantes por direito próprio, estão entre as poucas mulheres que exerceram maior impacto na sociedade egípcia.
A mulher no Egito moderno - Desde a década de 1970, o status das mulheres tem mudado, principalmente porque mais mulheres foram incluídas no trabalho não agrícola. Até 1982, as mulheres representavam 14% dos empregados assalariados em todo o país. Embora um número considerável de mulheres figurasse na classe profissional, particularmente nas áreas de educação, engenharia e medicina, muitas outras mulheres ocupavam postos com salários mais baixos nas fábricas, escritórios e indústrias de serviços.
Segregação por gênero - Em alguns círculos muçulmanos, têm sido correntes algumas práticas de segregação, tais como o uso de véu, a segregação de gênero nas escolas, no trabalho e no lazer. Algumas famílias muçulmanas, especialmente nas partes meridionais do Egito, tiram as jovens das escolas quando alcançam a puberdade, para reduzir o contato com jovens do sexo masculino. A segregação por gênero é muito menos vista nos círculos cristãos.
Casamento e divórcio - No Egito, as leis que se referem à família, tais como o matrimônio e o divórcio, são estabelecidas exclusivamente pelas diferentes estruturas religiosas. Todos os egípcios cristãos estão sob a lei da Igreja, que permite somente uma esposa e não admite o divórcio, seja de homens ou mulheres, exceto em casos excepcionais, como infidelidade ou conversão a outra religião. É permitido tradicionalmente aos maridos muçulmanos que tenham até quatro esposas. Um muçulmano pode divorciar-se de sua esposa dizendo simplesmente “Eu me divorcio de você”, em três ocasiões distintas e em presença de testemunhas.
As mulheres na Igreja Cristã - Atualmente a Igreja Egípcia orgulha-se de permitir posições de liderança a mulheres. Embora a ordenação ao sacerdócio seja só para homens, as mulheres podem ser diaconisas e servir nos conselhos das igrejas. Mulheres cristãs com experiência e preparação são mentoras e guias pastorais. Livros espirituais têm sido escritos por mulheres. Algumas têm sido conferencistas nacionais e internacionais.
Conclusão
Os egípcios aspiram ter uma constituição melhor, um governo democrático forte e sinceramente interessado em proteger as minorias, em promover a justiça social e econômica capaz de estabelecer a paz e a segurança, em desenvolver relações internacionais políticas e econômicas, a melhorar programas de planejamento familiar, aumentar o número de projetos que fomentem trabalho, abrir novos mercados para exportação de produtos e prosseguir na recuperação de terras do deserto. A Igreja Egípcia está profundamente envolvida no início e na execução de projetos e apoia energicamente todos os esforços de reforma.
No deserto do Egito Deus fez brotar um de seus mananciais, a Igreja Cristã.
Veja também: PowerPoint sobre o Egito
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