Mensagem da 45º Reunião do Conselho Nacional de Música da IECLB
À Presidente do Conselho da Igreja,
Ao Pastor Presidente da IECLB
Às comunidades da IECLB
Saudamos a vocês com as palavras de Martinho Lutero: “Dentre todos os prazeres sobre a terra, não há maior que seja dada a alguém do que aquela que eu proporciono com meu canto e certas sonoridades”. Martim Lutero – OS. v. 07 – p. 483.
O Conselho Nacional de Música da IECLB, reunido em sua reunião ordinária, e motivado pelas palavras do Salmo 90.12, “Ensina-nos, Senhor, a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio”, refletiu sobre o serviço musical na igreja. Pudemos vivenciar a riqueza da nossa vida musical e, a partir da apresentação dos relatórios sinodais e das reflexões desenvolvidas, destacamos alguns pontos que sobressaíram:
Iniciativas nos sínodos: Há abertura de espaço para o diálogo do movimento musical da igreja e seu respectivo fortalecimento. Nota-se que existe uma busca por capacitação através de assessorias especializadas. Louvamos as iniciativas dos Sínodos que tem apoiado os trabalhos na área da música, através de ações concretas. Reconhecemos a importância do serviço voluntário na missão musical, que há tanto tempo mantém grupos e iniciativas vivas!
Formação/capacitação: é premente a necessidade de uma política nacional, dentro da IECLB, de formação e capacitação em todos os níveis. Temos visto que a falta de conhecimento da confessionalidade e da funcionalidade da IECLB tem, em muitos casos, criado dissonâncias no trabalho da música. Precisamos resgatar a proposta do nosso reformador Martinho Lutero: pessoas batizadas, pratiquem o sacerdócio geral que nos é confiado.
Representatividade e parceria: Constatamos que falta representatividade dos musicistas nos âmbitos deliberativos e diretivos das comunidades/paróquias/sínodos. Dessa forma, queremos motivar que musicistas (profissionais e voluntários) se envolvam mais na vida comunitária. E que o façam porque são pessoas batizadas, que amam sua igreja, e não só por sua função, que é circunstancial. É necessário buscar informações, defender a música não somente com o aval do ministro/a, mas interagindo diretamente com os presbitérios e lideranças, procurando manter um bom diálogo. Musicistas devem pensar suas ações em comunhão com demais ministros e ministras atuantes, assim como o canto, teologia e pregação devem estar conectados no culto. Motivamos, assim, o diálogo entre pessoas com diferentes funções, compreensões teológicas e práticas musicais.
Missão: constata-se, indubitavelmente: fazer música dentro do contexto de fé é fazer missão. A música faz parte da espinha dorsal da vida comunitária, e não serve para preencher vazios. Pois quando se canta em um hospital, nos cultos da comunidade e inclusive nos ensaios, está sendo divulgado o Evangelho, em linguagem verbal e não verbal.
Compreendemos a importância da música como algo fundamental em todos os âmbitos da igreja. O Conselho Nacional de Música reitera a sua função de trazer propostas e alternativas para a continuidade do labor musical em prol do Evangelho de Jesus Cristo.
Chapecó/SC, 23 de abril de 2017.