Prédica: 1 Tessalonicenses 3.9-13
Leituras: Jeremias 33.14-16 e Lucas 21.25-36
Autoria: Ana Isa dos Reis Costella e Irineu Costella
Data Litúrgica: 1º Domingo de Advento
Data da Pregação: 28/11/2021
Proclamar Libertação - Volume: XLVI
No intervalo dos adventos:
em gratidão, vivamos o amor mútuo
1. Introdução
Advento inicia um novo ano da igreja. Mas é, também, tempo de encerramentos e de preparação para o final do ano, conforme calendário civil.
Desde minha infância, o Advento traz consigo um encanto: ainda não é Natal, mas já estamos em preparação, em clima natalino. Também traz cheiros bem característicos: da limpeza da casa e dos armários, de cortinas lavadas, de bolachas assando, de galhos de pinheiro pendurados nas portas e no arranjo da coroa, de velas acesas sempre uma a mais a cada um dos quatro domingos. Há um clima no ar, um “já” e um “ainda não”, uma espera ativa, uma expectativa de fim e novo começo.
Os três textos apontam nesta direção, para um fim e um novo começo:
a) Jeremias 33.14-16 apresenta a promessa da restauração da casa davídica, uma esperança em tempos de exílio. Para as pessoas cristãs, esse broto novo, que exercerá o direito e a justiça, é Jesus;
b) Lucas 21.25-36 aponta para a segunda vinda de Jesus, mas, também, pode apontar para sua morte e ressurreição; até que esse novo venha, há um chamado para vigiar e instruções para a vida;
c) 1 Tessalonicenses 3.9-13 aponta para a parousia (o fim de uma realidade de opressão, exclusão e morte e início de um tempo de igualdade, fraternidade e sororidade na presença do Senhor, que é Jesus) e chama à vivência do amor como sinal de que já há um novo tempo (pois Jesus já veio e continua entre nós por meio da presença do Espírito Santo), ainda que não em sua plenitude (a igreja em Tessalônica esperava a volta de Jesus para um tempo bem próximo).
Quanto à delimitação do texto de 1 Tessalonicenses, fica a critério da pessoa que irá pregar a inclusão ou não dos versículos 6 a 8, que apontam o motivo da alegria que perpassa toda a carta.
2. Exegese
2.1 – Sobre Tessalônica, autores da carta, datação e a Primeira Carta aos Tessalonicenses
Tessalônica era a capital da Macedônia, situada ao fundo do golfo Termaico, junto a uma cadeia de colinas. Tessalônica era muito bem servida por estradas, inclusive pela via que ligava o Oriente a Roma. Era também servida por um dos melhores portos do mar Egeu. Tessalônica era um importante centro comercial que favoreceu a exploração das riquezas agrícolas e minerais da Macedônia. Com privilégios de colônia romana, atraía comerciantes ricos, latifundiários gananciosos e militares aposentados. Mas era, também, uma típica cidade escravista/escravagista, talvez dois terços de sua população. Ser uma pessoa escrava significava pertencer a um patrão, sem ter o direito de exercer sua cidadania nem de participar das decisões da assembleia do povo.
Tessalônica foi fundada por volta do ano 300 a.C. por Cassandro, general de Alexandre Magno. O general Cassandro era casado com Tessaloniké, quase irmã de Alexandre, que inspirou o nome da cidade. Tessalônica tornou-se província romana em 146 a.C., passando a ser sede do procônsul em 42 a.C. Sua população era heterogênea. Para sua colonização, Roma levou para Tessalônica ítalos, sírios, egípcios e judeus.
A igreja de Tessalônica foi fundada por Paulo, Silvano (Silas em grego) e Timóteo, por volta do ano 50 d.C. O livro de Atos, escrito quase 30 anos depois, conta a história dessa igreja (At 17.1-15). Paulo e Silvano foram, em sua segunda viagem missionária, até Tessalônica e pregaram o Evangelho durante três semanas na sinagoga local. Após forte polêmica, transferiram-se para a casa de Jasão e, depois, tiveram que fugir. As comunidades judaicas: a) temiam perder seus privilégios legais: desde Júlio César, a religião judaica passou a ser uma religio licita, religião permitida por lei, que concedia benefícios a exemplo da celebração do sábado, de ler o Antigo Testamento na sinagoga, de não precisar prestar culto ao imperador – ainda que houvesse um sacrifício a Javé por ele; b) as sinagogas não queriam ser identificadas com a novidade cristã; c) não queriam perder os privilégios, nem sua força política nem atrair a oposição das autoridades romanas. Os apóstolos foram acusados de subversão política e, desta forma, autoridades e sociedade se veem envolvidas no conflito. Diante de tanta oposição e perseguição, Paulo e Silvano tomam uma atitude de prudência e coragem: fogem de Tessalônica, mas continuam a missão.
O conflito se deu porque a pregação incomodou muita gente e de diversas formas. A mensagem dos apóstolos anunciava que Jesus, morto na cruz, era o Cristo ressuscitado e portador da salvação, que apenas esse Cristo é o Senhor (o Kyrios) e não o imperador. Anunciava que Jesus viria em poder e glória e que as pessoas que participassem da ekklesia eram irmãos e irmãs, que se reúnem como igreja para aprofundar a fé e reivindicar seus direitos. Muitas pessoas ouviram essa mensagem e muitas delas acolheram-na e desejaram fazer parte dessa comunidade de irmãos e irmãs. A maioria dessas pessoas era pobre, da periferia, acostumada ao trabalho escravo e braçal, que vivia em um contexto econômico, social, político e religioso massacrante. A pregação dos apóstolos encheu essas pessoas de esperança, de que um novo mundo era possível.
A carta foi escrita por Paulo, Silvano e Timóteo. A carta é considerada o primeiro texto do Novo Testamento, escrita por volta do ano 51 ou 52 d.C. Essa carta foi o primeiro documento bíblico a falar de perseguição às pessoas cristãs.
Depois da fuga, Paulo vai a Atenas. Assim como os demais, ele estava preocupado e angustiado com a comunidade de Tessalônica, onde o trabalho não fora concluído e de onde vinham notícias contraditórias. Então Timóteo é enviado ao local. Quando retorna, eles se encontram em Corinto e Timóteo traz boas notícias. Apesar da perseguição, as pessoas cristãs de Tessalônica mantiveram a firmeza da fé, o esforço do amor e a constância da esperança (1Ts 1.3).
É nesse clima de alegria e alívio que a Primeira Carta aos Tessalonicenses é escrita.
2.2 – Olhando cada versículo
V. 6-8 – Relatam o retorno de Timóteo (que fora enviado para averiguar, animar e confortar a igreja perseguida), trazendo as alegres notícias sobre a fé, a perseverança e a prática do amor dessa comunidade. Assim como os três apóstolos, também as pessoas cristãs da comunidade guardam afetuosa memória entre si. Apesar da distância, da precariedade das viagens, da perseguição, das dificuldades de informações, da angústia por falta de notícias precisas, elas não estão isoladas umas das outras, mas em unidade, a ponto de desejarem se rever (v. 10). Para os apóstolos, cujo zelo pastoral é expresso com o exemplo da mãe (2.7) e do pai (2.8), o resumo das informações e da experiência do próprio Timóteo junto à comunidade enche-os com grande alegria, renova o ânimo e envolve-os em gratidão. A comunidade é formada de irmãos (v. 7), palavra que aparece 19 vezes na carta e que retrata uma realidade totalmente diferente daquela do império, onde eram explorados. Agora eles eram parte dos irmãos eleitos ou amados de Deus (1.4) e participavam da ekklesia, sendo que, antes, a maioria desses irmãos e irmãs não tinha possibilidade de participar de nenhuma organização. Se eles são irmãos a partir do Deus que é Pai, eles também têm um compromisso de vida fraterna (4.9-12) e igualitária. Bem o reverso da ideologia romana.
V. 9 – É a terceira vez na carta que os apóstolos nomeiam a “ação de graças” (1.2; 2.13; 3.9). Apesar da situação de perseguição que apóstolos e comunidade enfrentam, sempre há motivos de agradecimento: Deus está na comunidade e a mantém firme; as pessoas cristãs da comunidade acolheram a palavra que os apóstolos anunciaram como sendo palavra de Deus e se mantêm firmes nessa palavra; a comunidade vive a fé e o amor mútuos; os apóstolos recebem as boas notícias de que a evangelização não foi em vão, a comunidade foi formada. A expressão “diante de Deus” aponta para uma mentalidade teocêntrica, afirmando que de Deus tudo provém e que nele tudo tem referência, inclusive é Deus a garantia amável da caminhada das primeiras comunidades cristãs.
V. 10 – O desejo e os esforços para retornar a Tessalônica devem-se a dois motivos principais: a) expressão de ação de graças pela comunidade manter-se unida em fé, amor e esperança e b) continuar a evangelização. Mesmo firmes, as pessoas da comunidade têm dúvidas (a exemplo do que acontece com as pessoas falecidas), precisam receber mais orientações a partir do Evangelho (a exemplo da parousia, que se esperava iminente), receber orientações para a vida comunitária a fim de se fortalecerem na vivência em comunidade, na resistência contra o mal, na preparação para a parousia e na construção da igualdade e da solidariedade.
V. 11 – É uma palavra de oração, reforçando o desejo de voltar à evangelização de Tessalônica. Nessa oração, há o reconhecimento de que a missão é de Deus, portanto o pedido se dirige a Deus para que ele os faça seus missionários e os ajude a vencer as forças do mal (2.18; 3.5) que tentam obstruir o caminho e remova os obstáculos. O versículo expressa que as pessoas cristãs, diferentemente de outras religiões, têm um Deus que é Pai (33 vezes aparece na carta) e, diferentemente dos romanos, têm um Senhor que promove a vida: Jesus. A palavra Kyrios referida a Jesus aparece 21 vezes na carta. Interessante a tabela que Joel A. Ferreira (p. 32) apresenta referente a Tessalônica:
* notáveis e classe dominante: César é o senhor;
* judeus: Javé é Deus, mas pedimos por César;
* pessoas cristãs: Jesus, Filho de Deus, o Ressuscitado, é o Senhor. Nem César nem outro ídolo é o Senhor.
V. 12 – Em um segundo momento, os três apóstolos pedem ao Senhor (Kyrios, Jesus) que faça as pessoas cristãs da comunidade crescerem e enriquecerem no amor. Deus, que é amor, pode aumentar esse amor agape, o qual Timóteo já pôde testemunhar. Esse amor agape é o laço que os une em uma igreja fraterna e sororal e os anima a amar o próximo também fora da comunidade, sendo um testemunho vivo a toda criatura. O amor é capaz de superar, inclusive, as dificuldades. Esse amor agape, que vem de Deus, gera, na comunidade, comunhão, unidade, capacidade de organização e resistência contra o mal. Os remetentes afirmam seu amor para com a comunidade, demonstrando que, apesar da distância física, eles estão presentes na vivência fraterna, fazendo parte de uma mesma igreja, em que o amor é o princípio de toda ação comunitária e um elo que cria vínculos, permitindo experimentar, já aqui, sinais de um novo tempo.
V. 13 – A oração segue pedindo a Deus pelo fortalecimento da comunidade, tanto na fé quanto na vivência do amor. A palavra coração pode significar a totalidade do ser humano, seus desejos, suas palavras e ações. Firmes no amor que vem de Deus, as pessoas cristãs são chamadas à santidade. Viver na santidade é viver de modo a agradar a Deus. Isso significa romper com práticas como: os vícios do antigo paganismo (4.3-8), a ociosidade (4.11s), a preguiça (5.14), a fraqueza (5.14), a covardia (5.14), a inveja (5.12), a injustiça e a hostilidade (5.15), a diminuição do amor (3.12), as faltas morais (3.10), a imperfeição (3.12; 4.10; 5.23). É preciso ser diferente do sistema do império, que oprime, exclui e mata. Importa apostar nas virtudes teologais: fé (aparece nove vezes na carta), amor (aparece sete vezes na carta), esperança (aparece quatro vezes na carta). Esse versículo aponta para a parousia, a vinda ou presença do Ressuscitado. A carta possui uma linguagem apocalíptica dentro de um gênero exortativo, por apontar para o futuro, para a ressurreição e vinda do Senhor. E, desta forma, aguçar a esperança e animar na preparação para um novo tempo, do qual já se tem sinais.
3. Meditação
Depois de mais um ano de pandemia, de mortes e mais mortes, de aumento de casos e hospitais lotados, parece que a vacina acende uma esperança. Até a metade deste ano, contudo, eu ainda não tinha sido vacinada. Estou na esperança para o próximo mês. Estamos todos na esperança no fim de um tempo para o começo de um novo tempo. À espera do fim de um tempo de pandemia, mas também de ódios e polarizações, fake news, de desmatamento e de desconstrução de sistemas de preservação do meio ambiente, de injustiças e mentiras. Ansiamos por um tempo novo: sem medo de contrair e transmitir o vírus – que matou tanta gente e deixou sequelas em muitas outras –, sem máscaras; tempo de abraços demorados, de encontros da galera, de mesas partilhadas, de visitas sem medo, mas também de renovação de atitudes e pensamentos para que esses novos tempos sejam de vida plena, igualitária, digna para todas as pessoas e toda a criação de Deus.
Advento é tempo de encerrar e recomeçar. É como se tudo pudesse ser renovado. Na história da minha família, assim como na de muitas outras, Advento era tempo de reorganizar: armários, escritório, sala, cozinha, o “quartinho da bagunça”, separando o que não serve mais para pôr no lixo reciclável, para doar ou para guardar no lugar certo. Era tempo de limpar e lavar todos os cômodos da casa, os móveis, as cortinas, as toalhinhas, deixando para trás o acúmulo de um ano de correrias, de poeiras daquilo que não foi bom. Era também tempo de decorar a casa, de preparar a Coroa de Advento, colocar os ramos nas portas, as toalhinhas de Natal, os enfeites. Tempo de encerramentos dos grupos da igreja, do teatro do Culto Infantil – ensaiado muitas vezes para dar tudo certo; tempo de esperançar o encontro para o novo tempo que virá; de cultos de Advento e seu encanto ao acender uma vela a mais a cada domingo e poder ir contando nos dedos que o Natal já vem. Tempo de juntar a família e fazer aquela receita tradicional dos biscoitos/bolachas de Natal (e pintar cada um), do Stollen, do sabor do panetone. E já ir olhando onde buscar o pinheirinho e o que haveria no bolso para comprar um presentinho para cada um e cada uma. Tempo de montar o presépio e, me lembro bem da minha emoção, até hoje, ao fazer isso, contar a história daquele primeiro Natal, quando Deus decide vir morar no meio de nós em Jesus, a frágil criança que experimentou o madeiro na manjedoura em seu nascimento e, na cruz, em sua morte.
Advento é esse tempo de prepar-ação, de espera ativa, de expectativa e, também, de encerrar, fechar um tempo, agradecer pelo que foi bom, perdoar o que precisa ser perdoado, romper com tudo o que nos levou para longe do Deus revelado em Jesus. Ao recontarmos o primeiro Natal, é necessário apontarmos para Jesus que virá, ainda que não saibamos o tempo.
É nesta esper-ação que a comunidade de Tessalônica vivia. A fé em Jesus, o verdadeiro Kyrios, que já veio, que já inaugurou um novo tempo e que virá em plenitude e instaurará o Reino de Deus (e não de Roma ou de impérios que subjugam, exploram e matam quem mais precisa de proteção e cuidados), era o alimento dessa comunidade. Uma comunidade que experimentava perseguição, assim como outras comunidades cristãs, porque se mantinha firme na fé em um Deus que promove vida digna para todas as pessoas, um Deus de inclusão e de misericórdia, porque baseava seus relacionamentos em ações de amor, extensivos aos de fora da comunidade, porque propunha uma organização fraterna de comunidade e que deveria ser expandida à sociedade, porque ancorava sua esperança no Jesus que foi morto, mas ressuscitou, que é o Senhor da vida e da morte, o Salvador, o Messias esperado, o cumprimento das promessas. Advento, para a comunidade de Tessalônica, era romper com o tempo que experimentava, em que escravidão, exploração e injustiça eram a realidade da grande maioria das pessoas, e iniciar um novo tempo, em que Jesus, o Senhor, instauraria o reino da justiça e do amor, da igualdade e da libertação, da ressurreição.
Vivemos o tempo entre os dois adventos, o do já e do ainda não. Nesse intervalo, somos chamados, desafiados e convocados a crescer e nos enriquecer em amor. Mesmo com notícias de aquecer o coração, Paulo, Silvano e Timóteo oram, pedindo que os tessalonicenses cresçam e se enriqueçam no amor mútuo. Essa deveria ser a forma de viver das pessoas cristãs, o impulso para celebrar, para ser igreja. Amor mútuo traduz-se na concreticidade da vida, dentro e fora dos muros de nossas comunidades. Não porque temos medo do fim dos tempos, do começo de um novo ou do julgamento, mas porque fomos chamados pelo nome em nosso Batismo pelo Deus da vida, fomos marcados com a cruz de Cristo, fomos selados com o Espírito Santo e, como tal, faz parte da natureza da pessoa cristã se colocar como serva por e em amor, pois reconhece que tudo vem do Deus de amor. Viver o amor mútuo também não nos dá pontinhos extras na nossa caderneta diante de Deus e nem nos faz subir degraus para estarmos mais perto do céu ou da perfeição. Vivemos o amor mútuo em gratidão, porque Deus nos amou primeiro, em comprometimento com nosso Batismo, em resposta de fé e na convicção de que uma nova sociedade é possível e se faz urgente, um mundo em que nos enxergamos como irmãos e irmãs, em que fazemos parte de um mesmo grupo e pensamos como um mesmo grupo: a humanidade.
Como preparar-se para o Natal? Como viver o Advento? Orientando sentimentos, pensamentos, palavras, gestos, atitudes, ações e programas pelo amor mútuo, pelo amor que procede de Deus, pois Deus é Amor; pelo amor que se materializa na solidariedade, na empatia, na verdade, na preservação e cuidado da natureza, na gentileza, no respeito, na inclusão, na tolerância, na justiça, na paz. Advento é tempo de faxinar também nossos sentimentos, pensamentos, nossa mente, nosso coração, nossas ações, rompendo com tudo que nos afasta do verdadeiro Kyrios. É tempo de assumir o amor mútuo como marca registrada.
4. No horizonte da pregação
A pessoa que irá pregar poderá ter em seu horizonte as seguintes questões:
– Quais são motivos de ação de graças?
– Quais as formas de perseguição hoje?
– Como preparar-se no intervalo dos adventos que vivemos?
– Como viver o amor mútuo no dia a dia da vida?
5. Uma possibilidade litúrgica
Onde houver a possibilidade, manter o ambiente na penumbra (se à noite) ou sem luzes acesas (se durante o dia), lembrando que a perseguição sofrida pela comunidade de Tessalônica e pelos apóstolos, assim como as diversas formas de perseguição, opressão, exclusão e morte atuais são sinais de trevas, que nos assustam, dão medo, paralisam ou nos lançam na inércia. A comunidade de Tessalônica não estava sozinha, assim como nós hoje. Deus, que é como um Pai, uma Mãe (ainda que bem mais do que a soma dos dois), está ao nosso lado, Jesus venceu as forças do mal, o Espírito Santo sopra e anima a estar em comunidade, a comunidade vive em amor mútuo e permanece na constância da esperança: eis que a luz vence as trevas.
Bibliografia
FERREIRA, Joel Antônio. Primeira Epístola aos Tessalonicenses. Petrópolis: Vozes; São Leopoldo: Sinodal, 1991.
NOVA BÍBLIA PASTORAL. São Paulo: Paulus, 2014.
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