“Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor e que é Rei de Israel! ... Fora! Fora! Crucifica-o!”
(João 12.13; 19.15)
O Mestre Jesus Cristo passou do reconhecimento e aceitação para o menosprezo e rejeição em questão de dias, de horas. Tudo o que havia feito como sinais de amor e bondade foram instantaneamente esquecidos assim que outros interesses entraram em jogo. Assim a humanidade se comporta muitas vezes em sua inconstância e anseio pela utilidade vantajosa.
Num primeiro momento, ao que parece, a multidão precisava de Jesus porque sonhava com a libertação política do império de Roma com seus pesados impostos. Esta era a vantagem que buscavam tirar do milagreiro. Quando viram que Jesus não tinha este propósito para seu ministério, rejeitaram tudo em nome da autossuficiência de sua própria força de mobilização. Passaram a fazer a orgulhosa afirmação de si mesmos, da sua riqueza, do seu domínio que, afinal, poderia mantê-los bem enquanto exploravam os mais fracos e pobres.
Jesus é desprezado! O julgaram como um ser inferior, o desvalorizaram, o classificaram como um inútil. Gritaram contra o enviado do Pai com amargura e indignação.
Desprezar outra pessoa é andar de mãos dadas com um forte sentimento de que ela é descartável. “Fora! Fora!” torna-se um grito fácil para o descarte. Se o desprezo é uma das mais terríveis formas de sofrimento, mudemos de tática: façamos da aceitação e da reconciliação o contraponto. “Ninguém consegue amar sozinho, ninguém é autossuficiente, ninguém é melhor que ninguém, seja no quesito que for.” Assim Jesus andou e anda conosco. Aceita Jesus como companheiro de sua caminhada. Aceita Jesus como seu Senhor.