A paróquia Evangélica de Confissão Luterana de Belém comemorou neste domingo, 31 de maio, 30 anos de fundação. O culto de ação de graças foi o encerramento de uma semana de programação que teve uma mesa redonda com pesquisadores sobre religiosidade amazônica, exposição de dissertação de mestrado de Ronaldo Martins sobre a PECLB: “Fé materializada em direitos humanos”, palestra com Lenise Oliveira sobre a superação do consumismo seguida de uma feira de trocas. Momentos ricos de testemunho e experiências de fé.
A celebração teve como tema a alegria representada pelo vinho, lembrando o primeiro milagre de Jesus realizado em Caná. A alegria da esperança em meio às lutas é a certeza da realização do Reino de Deus. Alegria da esperança que está presente há 30 anos na caminhada da paróquia, em suas lutas pelos direitos humanos, em defesa da Amazônia, em defesa das crianças, dos negros, indígenas, mulheres, homoafetivos; contra toda forma de discriminação e intolerância religiosa. São três décadas de reconhecida luta e resistência em defesa da vida.
Estiveram presentes representantes de diferentes denominações, credos e instituições religiosas como Anglicanos, Metodistas Confessantes, Católicos, Cultos Afro, Presbiterianos independentes, Wicca, Movimento focolares, CEBI e Unipop. No inicio da celebração esteve presente o bispo auxiliar de Belém Dom Teodoro Mendes, trazendo palavra amiga e felicitações em nome da Arquidiocese de Belém. Ao final, todos os credos se uniram na bênção final sobre a comunidade luterana.
A celebração teve início com a saudaçãochamada a todos aqueles que caminharam ao longo dos 30 anos, pastoras (es), lideranças políticas e comunitárias. Ao final da chamada todos pronunciaram presente à chamada pelo nome da Pra. Emérita e fundadora da paróquia Rosa Marga Rothe. O momento também foi de comemoração pelos 75 anos de vida da pastora, que colaborou na partilha da palavra sobre o primeiro milagre de Jesus.
A celebração foi testemunho de fé e de confessionalidade luterana, e ao mesmo tempo de reafirmação da identidade da comunidade: sob a confissão da cruz de Cristo como centro da fé, reafirmou-se o rosto caboclo amazônida, a feminilidade, a circularidade, a inclusividade e o ecumenismo. Foi celebrada a alegria da esperança sempre presente na luta pelos direitos humanos contra toda forma de opressão e discriminação que marca a história da PECLB de Belém do Pará.