Ninguém melhor do que Paulo para recitar a frase a cima. Sua ficha não era das melhores para um candidato à evangelista e missionário: um fariseu, soldado romano e por muito tempo, perseguidor da igreja. Sim, Paulo até mesmo se considerava indigno de ser chamado apóstolo de Cristo (1 Co 15.9).
Mas afinal, quem é que nos faz dignos ou índigos de servir a Deus e na Igreja? O que é preciso para conquistar tal dignidade? Estas perguntas, às vezes nos assustam tanto, que chegamos a acreditar que não temos lugar no Reino de Deus, que não temos vez na comunidade onde congregamos. Mas a história e o testemunho do apóstolo Paulo mostram que Deus não faz distinção de pessoas quando o assunto é serviço a Deus. Ele nem mesmo exige um padrão de conduta. O que Deus deseja é um coração voltado para Ele e disposto a fazer sua vontade neste mundo. Somos dignos simplesmente por sermos criados a imagem e semelhança de Deus (Genesis 1.26-27).
Paulo passou por essa transformação em sua vida e aprendeu que a dignidade não se baseava naquilo que fazemos ou nas coisas que conquistamos. Pelo contrário, está baseado no amor de um Deus misericordioso que tanto nos amou que entregou seu Filho Jesus para nos libertar autopromoção, ao ponto de sermos chamados/as de filhos/as de Deus.
Pela graça de Deus, somos o que somos e não precisamos ser diferentes ou dotados de grandes habilidades para servir a Deus. Pela graça de Deus há sempre um lugar para você, afinal, pra Deus você tem valor!