Na trilha da solidariedade

Ação Confirmandos 2014

12/03/2014

 

 

Uma proposta de encontro para refletir sobre o projeto

 

 

AÇÃO CONFIRMANDOS 2014

Na trilha da solidariedade

 

 

 

 

 


                                                            SUBSÍDIO TEÓRICO                                                            

                                              O desafio é ser solidário                                                  


Quando sacudires a tua oliveira, não voltarás a colher o fruto dos ramos; para o estrangeiro, para o órfão e para a viúva será.(Deuteronômio 24.20)

Quando pegamos um vidro de azeitonas no supermercado, não nos damos conta da história e da tradição dessa fruta. Hoje, ela está na pizza, nos aperitivos, nas saladas, nos pastéis, enfim, ela está relacionada em muitas receitas culinárias. De onde vem a azeitona?

A azeitona é o fruto da oliveira, árvore de porte médio, frondosa, que gosta de sol e de clima seco. A oliveira é a planta que tem um dos maiores períodos de vida. Na Espanha, há oliveiras com média de 300 a 400 anos. Na região do Mediterrâneo, ela é a árvore que compõe a paisagem rural.

As suas flores têm uma fecundação difícil. De cada 20 flores da oliveira, apenas uma azeitona é produzida. A azeitona é uma das poucas frutas que não pode ser consumida logo após sua colheita, pois ela é muito amarga. A palavra azeite vem do árabe Az + zait e significa sumo de azeitona.

Os gregos e os romanos na Antiguidade foram apreciadores e produtores de azeite de oliva. As oliveiras espalharam-se pelo mundo pelas mãos dessas duas civilizações. Tanto romanos como gregos usavam a azeitona nos alimentos e faziam dela o azeite que servia de medicamento, bálsamo, perfume, combustível para lamparinas e impermeabilizante de tecidos.

Naquela época, a colheita da azeitona era feita à mão. Mantas e lençóis eram estendidos ao redor das árvores. Os homens subiam nelas e apanhavam uma a uma e as jogavam para as mulheres que as colocavam em cestos. Havia outro jeito: bater com varas nos galhos para as azeitonas caírem sobre as mantas e os lençóis estendidos.

Hoje já existem máquinas que agarram as oliveiras e as fazem vibrar, provocando assim a queda das frutas. De cada seis quilos de azeitona se produz um litro de azeite.

Os israelitas conheceram a oliveira quando tomaram posse da terra prometida. Assim como a videira, eles encontraram nela uma atividade rural e dela extraíram seu alimento. Até a madeira da oliveira foi aproveitada pelos marceneiros israelitas.

Deuteronômio 24.20 está inserido numa coleção de leis que faz parte da instrução ao povo de Deus. Durante a colheita das azeitonas, muitas delas ficavam no chão e presas aos ramos. Por isso, a recomendação: deixar essas frutas para os estrangeiros, as viúvas e as crianças órfãs. No tempo do Antigo Testamento, muitas pessoas viviam como peregrinos pelas terras buscando sua sobrevivência. Não era como hoje, quando as propriedades rurais e urbanas estão demarcadas por cercas, muros, dando a entender para quem passa que essa é uma propriedade particular. Naquele tempo, as terras tinham dono sim, mas era permitido às pessoas circular livremente por elas.

Razão pela qual a recomendação era: deixem essas azeitonas para as pessoas pobres, necessitadas, que não têm oliveiras. Essa recomendação, com força de lei, era a maneira de ensinar a solidariedade ao povo israelita. A lei que determinava deixar as azeitonas para pobres era para que a fome dessa gente fosse saciada. E a forma de ajudar, então, era esta: deixem essas azeitonas para quem tem maior necessidade que vocês.

A menção do estrangeiro, da viúva e da criança órfã tem vínculo com o tipo de sociedade em Israel. Esses três personagens sempre ocuparam um papel importante quando se tratava de zelar e cuidar dos pobres. O estrangeiro era para ser bem tratado, porque também no passado Israel foi estrangeiro no Egito e sofreu maus tratos: a viúva, porque perdia muitos direitos com a morte do marido; a criança órfã, porque não tinha ninguém que olhasse por ela. Então, a prática da solidariedade precisava ser com essas pessoas e era para evitar maus-tratos experimentados no Egito. Muitos estrangeiros, viúvas e crianças órfãs saciaram sua fome ao juntar os restos das colheitas nas terras israelitas.

Atualmente, muitos gestos de solidariedade sinalizam que essa prática é necessária e decisiva para a vida de muitas pessoas. Na capital gaúcha, Porto Alegre, os estudantes que passaram no vestibular tiveram que passar pelo “Trote solidário: pratique esta ideia”. Os calouros das diversas faculdades foram recepcionados por seus colegas com ações sociais, em lugar dos tradicionais trotes agressivos de anos passados. Essa ideia pode pegar também em outras cidades! Por quê? Porque por trás dessa ideia há duas atitudes nobres a serem cultivadas: o respeito e o cuidado com a vida das pessoas.

Na época das enchentes e alagamentos em Santa Catarina, anos atrás, Mariane B. Ehrat, então pastora sinodal, declarou que “A própria palavra de Deus que diz ‘Sejam fortes as vossas mãos” (Zacarias 8.3) remeteu-nos a colocar ‘mãos à obra’. A expressão – colocar mãos à obra – remete para o trabalho solidário.
“Tecer uma rede de solidariedade” é hoje a expressão moderna para deixar as azeitonas no chão e nos ramos das oliveiras. A rede é uma possibilidade para a participação cidadã, de comunidades e das pessoas cristãs, em resposta ao mandamento do amor ao próximo. E quando a criatividade se alia ao compromisso em promover a solidariedade, então surgem situações como: “Picolé Fratelly: nunca foi tão gostoso ser solidário – Crianças da ONG Picolé com Manga”.

A organização não-governamental “Picolé com Manga” surgiu em 2005, em João Pessoa, na Paraíba, criada pelo bloco carnavalesco “Picolé com Manga”. Ela realiza trabalhos sociais em comunidades carentes na periferia da capital paraibana. Educação pré-escolar, alfabetização de adultos e acompanhamento pediátrico de crianças pequenas são algumas dessas ações sociais. Vendendo picolés, promovem solidariedade entre os cidadãos paraibanos.

O amor aperfeiçoa-se na solidariedade. “Nem só palavra é o amor, é palavra unida à ação”, cantamos em celebrações e encontros. Solidariedade com criatividade é desafio a ser assumido por jovens e adultos nas comunidades.

João Artur Müller da Silva
Teólogo e editor da Editora Sinodal
São Leopoldo/RS

 

                                                   PROPOSTA METODOLÓGICA                                                         

                      Roteiro de estudo                    

                   Elaborado por: Carmen M. Siegle e Rosangela Fenner             

 

Público alvo: Adolescentes do Ensino Confirmatório e suas famílias

Tempo: 2h – 3h

Material

1) Um saco de pirulitos para dinâmica de apresentação.
2) Um balão para cada participante
3) Dinâmica: Cópia de uma árvore para cada pessoa presente no estudo (ANEXO 2)
4) Um papel pardo grande para desenhar ou escrever.
5) Tinta guache e pincéis.
6) Uma folha com o texto Trilha solidária, para cada participante (ANEXO 1)
7) Um folder da campanha Ação Confirmandos 2014 – Na trilha da solidariedade, para cada participante ou grupo de trabalho.
8) Datashow e computador, caso opte pela projeção de slides.

Considerações

O programa pode ser desenvolvido em um encontro regular do Ensino Confirmatório. Outra possibilidade é envolver as famílias dos confirmandos e das confirmandas em programa maior de uma manhã ou uma tarde.

OBS: Enriqueça a leitura compartilhada do texto Trilha solidária (Anexo1) com o uso de imagens. Para isso, monte um Power Point usando as indicações a baixo. Após, é só intercalar a leitura do texto com a projeção das imagens em Datashow.

SLIDE 1: (versículo bíblico de Deuteronômio 24.20)
SLIDE 2: Tipos de azeitonas (projetar um slide com imagens contendo vários tipos de azeitonas)
SLIDE 3: Alimentos (projetar imagens de alimentos com azeitona, exemplo: pizza – aperitivos – saladas - pastéis)
SLIDE 4: Azeitonas (mostre uma ou duas fotos de azeitonas no pé e ao lado insira a pergunta: De onde vem a azeitona?)
SLIDE 5: Oliveira (reúna nesse slide algumas fotos de diferentes pés de oliveiras)
SLIDE 6: A mais antiga (projetar a imagem do pé de oliveira mais antigo que existe – na internet você encontra a foto).
SLIDE 7: Paisagem rural (projetar a imagem de campos de oliveiras)
SLIDE 8: Flores da oliveira (projetar imagem da floração da oliveira)
SLIDE 9: Azeite (projetar a imagem de grãos de azeitona e do azeite sendo produzido)
SLIDE 10: Colheita manual (projetar uma imagem da colheita manual de azeitonas)
SLIDE 11: Colheita com máquinas (projetar uma imagem da colheita industrial de azeitonas)
SLIDE 12: Produção do azeite (projetar duas imagens de porções de azeitonas cruas, verdes e pretas)
SLIDE 13: Versículo bíblico (projetar texto do versículo bíblico – Deuteronômio 24.20)


DEVOCIONAL

Acolhida

“Solidariedade” é o tema para o encontro de hoje. A escolha do tema foi motivada pela Campanha que a OGA desenvolveu especialmente para adolescentes do Ensino Confirmatório. A campanha chama-se Ação Confirmandos – Na trilha da solidariedade. Ela foi criada com o objetivo de desafiar adolescentes do Ensino Confirmatório a expressar sua fé através de ações solidárias.

Para ajudar nessa reflexão, propomos uma aproximação com o texto bíblico de Deuteronômio 24.20 que diz:

Na colheita das azeitonas, depois que você sacudir as oliveiras, não volte para pegar as azeitonas que ficaram nas árvores; deixe-as para os estrangeiros, para os órfãos e para as viúvas.
(Tradução BLH: Deuteronômio 24.20)

Canto

Oração

DINAMICAS

APRESENTAÇÃO

Se o encontro envolver outras pessoas, além do grupo de confirmandos e confirmandas, proporcione um momento de apresentação. Após cada pessoa ter dito o seu nome, convide um voluntário ou uma voluntária para sair da sala. Na sua ausência, combine para que duas pessoas troquem de lugar entre si. A pessoa que saiu da sala será convidada a voltar com a tarefa de descobrir quais as pessoas que trocaram de lugar. Ao dizer os nomes certos de quem trocou de lugar, ganhará um pirulito. Ao mencionar os nomes e errar também ganhará um pirulito, por ter participado da brincadeira.

QUEBRA-GELO: Balões

Entregue um balão para cada participante. Peça para cada pessoa encher o seu balão. A brincadeira consiste no seguinte: Colocar-se de pé, ao centro da sala, e brincar com os balões jogando-os para o alto sem deixa-los cair. A ordem é que nenhum balão esteja no chão. Deixe que, por um tempo, a brincadeira aconteça. Após, silenciosamente vá puxando algumas pessoas para fora da brincadeira, sem que as demais percebam. O número de balões a serem sustentados no ar permanecerá o mesmo, porém, com menos pessoas para sustenta-los. É bem provável que balões comecem a cair no chão. Depois de um tempo inclua novamente todas as pessoas na brincadeira. Após, convide para um diálogo:
- No que consistia a brincadeira?
- Qual foi a ordem?
- Foi possível manter todos os balões no ar até o fim da brincadeira?
- Quando e por que sim? Quando e por que não?
- Houve cooperação na atividade ou cada qual ficou preocupado e preocupada apenas com o seu balão?
- Qual a relação que podemos fazer da brincadeira com o tema do nosso encontro?

REFLEXÃO

- Prossiga o encontro propondo uma leitura compartilhada do texto Trilha solidária – O desafio é ser solidário (Anexo 1).
- Distribua uma folha do texto para cada participante.
- Combine com antecedência, quais as pessoas que participarão da leitura (elas estão numeradas).
- Os parágrafos identificados como Dirigente referem-se à leitura ou à explicação que a pessoa dirigente fará. É importante que esses parágrafos sejam mais comentados do que lidos, pois, isso despertará maior interesse e atenção por parte da turma.
- Se você optar pelo uso do Power Point, siga a projeção dos slides conforme a ordem, a baixo, sugerida. Se não fizer uso do Power Point, apenas ignore a marcação.

TRILHA SOLIDÁRIA – O desafio é ser solidário

SLIDE 1:

Dirigente: Na colheita das azeitonas..., não volte para pegar as azeitonas que ficaram nas árvores; deixe-as para os estrangeiros, para os órfãos e para as viúvas. (Tradução BLH: Deuteronômio 24.20)

SLIDE 2:

Dirigente: O que sabemos a respeito dessa fruta, da azeitona?

SLIDE 3:

Dirigente: Quando pegamos um vidro de azeitonas no supermercado, não nos damos conta da história e da tradição dessa fruta. Muitas pessoas tampouco sabem de onde vem a azeitona. Hoje, a azeitona está presente na pizza, nos aperitivos, nas saladas, pastéis, em muitas receitas da culinária.

SLIDE 4:

Dirigente: De onde vem a azeitona?

a) Da azeitoneira.
b) Da oliveira.
c) Da figueira

Dirigente: Espero que todos e todas vocês tenham marcado a resposta (b) como a correta. Pois a azeitona é produzida pela oliveira. Essa planta é muitas vezes mencionada na Bíblia. Vamos conhecer um pouco mais a respeito dessa planta para entendermos melhor qual a relação da oliveira e de seu fruto, a azeitona, com o tema do nosso estudo.

SLIDE 5:

Leitura – 1: A azeitona é o fruto da oliveira, árvore de porte médio, frondosa, que gosta de sol e de clima seco. A oliveira pertence à família das Oleáceas.

SLIDE 6:

Leitura – 2: A oliveira é a planta que tem um dos maiores períodos de vida. Na Espanha, há oliveiras com média de 300 a 400 anos. A mais antiga encontra-se na Grécia e calcula-se sua idade em 700 anos.

SLIDE 7:

Leitura – 3: Na região do Mediterrâneo, ela é a árvore que compõe a paisagem rural.

SLIDE 8:

Leitura – 4: As suas flores têm uma fecundação difícil. De cada 20 flores da oliveira, apenas uma azeitona é produzida. A azeitona é uma das poucas frutas que não pode ser consumida logo após sua colheita, por ela ser muito amarga.

SLIDE 9:

Leitura – 5: As oliveiras espalharam-se pelo mundo pelas mãos dessas duas civilizações: gregos e romanos. Na Antiguidade, os gregos e os romanos foram apreciadores e produtores de azeite de oliva.

Leitura - 6: Tanto romanos como gregos usavam a azeitona nos alimentos e faziam dela o azeite que servia de medicamento, bálsamo, perfume, combustível para lamparinas e impermeabilizante de tecidos.

SLIDE 10:

Leitura – 7: Naquela época, a colheita da azeitona era feita à mão. Mantas e lençóis eram estendidos ao redor das árvores. Os homens subiam nelas e apanhavam uma a uma e as jogavam para as mulheres que as colocavam em cestos. Outro jeito de colher a azeitona era bater os galhos com uma vara para as azeitonas caírem sobre as mantas e os lençóis estendidos no chão.

SLIDE 11:

Leitura – 8: Hoje, a colheita acontece através de máquinas que agarram a oliveira fazendo vibrar seus galhos, provocando a queda da fruta.

SLIDE 12:

Leitura – 9: Para cada 6 kg de azeitonas, um litro de óleo é produzido. E cada oliveira pode produzir de 80 a 100 kg de azeitonas por safra.

SLIDE 13:

Dirigente: Na colheita das azeitonas, depois que você sacudir as oliveiras, não volte para pegar as azeitonas que ficaram nas árvores; deixe-as para os estrangeiros, para os órfãos e para as viúvas. (Tradução BLH: Deuteronômio 24.20)

Os israelitas conheceram a oliveira quando tomaram posse da terra prometida. Assim como a videira, eles encontraram na oliveira uma atividade rural e dela extraíram seu alimento. Até a madeira da oliveira foi aproveitada pelos marceneiros israelitas.

O versículo de Deuteronômio 24.20 está inserido numa coleção de leis que faz parte da instrução ao povo de Deus. Durante a colheita das azeitonas, muitas delas ficavam no chão e presas aos ramos. Por isso, a recomendação: deixar essas frutas para os estrangeiros, as viúvas e as crianças órfãs.

No tempo do Antigo Testamento, muitas pessoas viviam como peregrinas pelas terras, buscando sua sobrevivência. Não era como hoje, quando as propriedades rurais e urbanas estão demarcadas por cercas e muros dando a entender para quem passa que essa é uma propriedade particular. Naquele tempo, as terras tinham dono sim, mas era permitido às pessoas circular livremente por elas.

Razão pela qual a recomendação era: deixem essas azeitonas para as pessoas pobres, necessitadas, que não têm oliveiras. Essa recomendação, com força de lei, era a maneira de ensinar a solidariedade ao povo israelita. A lei que determinava deixar as azeitonas para pobres era para que a fome dessa gente fosse saciada. E a forma de ajudar, então, era esta: deixem essas azeitonas para quem tem maior necessidade que vocês.

COMENTE

Atualmente, muitos gestos de solidariedade sinalizam que essa prática é necessária e decisiva para a vida de muitas pessoas. Por exemplo:

- Trote solidário: Na capital gaúcha, Porto Alegre, os estudantes que passaram no vestibular tiveram que passar pelo “Trote solidário: pratique esta ideia”. Os calouros das diversas faculdades foram recepcionados por seus colegas com ações sociais, em lugar dos tradicionais trotes agressivos de anos passados. Essa ideia pode pegar também em outras cidades! Por quê? Porque por trás dessa ideia há duas atitudes nobres a serem cultivadas: o respeito e o cuidado com a vida das pessoas.

- Mãos à obra: Na época das enchentes e alagamentos em Santa Catarina, anos atrás, Mariane B. Ehrat, então pastora sinodal, declarou que “A própria palavra de Deus: “Sejam fortes as vossas mãos” (Zacarias 8.3) motivou a igreja a colocar ‘mãos à obra’. A expressão – colocar mãos à obra – remete para o trabalho solidário.

DINAMIZANDO

Cada participante recebe uma árvore de oliveira, conforme modelos do ANEXO 2. De acordo com a ordem recebida, cada participante vai ao encontro de outras pessoas para formar duplas, trios ou pequenos grupos. Sugestões de comandos para provocar o encontro:

1 - Pessoas que possuem o mesmo OBJETO
2 - Pessoas que possuem a mesma COR
3 - Pessoas que possuem o mesmo SENTIMENTO
4 - Pessoas que possuem o mesmo ALIMENTO

Para cada encontro que acontece, lance uma das perguntas abaixo, reservando o tempo de 1 a 2 minutos para o diálogo. Ex. No primeiro encontro lance a pergunta de nº 1 para que as duplas ou grupos conversem a respeito. Para o segundo encontro lance a pergunta de nº 2. Prossiga dessa forma até que todas as perguntas tenham sido lançadas. Peça aos e às participantes para que escrevam, atrás de sua árvore, uma palavra de cada encontro que teve.

Sugestão de perguntas para o diálogo:

1 – Um sonho que você tem.
2 – Conte uma experiência em que você tenha ajudado ou recebido ajuda de alguém.
3 – Você conhece alguma história bíblica de ajuda ou solidariedade? Conte-a.
4 – Na sua comunidade você conhece algum trabalho que dá assistência às pessoas que necessitam de ajuda? Qual? Como é feito?

PLENÁRIA

Proponha um momento de encontro entre todas as oliveiras para que compartilhem algo a respeito do que ouviram em seus encontros: novidades, descobertas, surpresas... Para que não se torne cansativo, convide 3 a 4 pessoas para fazerem isso.

COMENTE:

Cultivar atitudes solidárias é um convite e também um desafio que o evangelho nos coloca.

A fé cristã fala de um Deus que se preocupa conosco. Apresenta um Deus que se revela na comunhão, na união em favor da vida e da liberdade. A fé cristã fala de um Deus que nos abençoa com a vida e nos envia a sermos bênção na vida de outras pessoas.

Rede de solidariedade : “Tecer uma rede de solidariedade” é hoje a expressão moderna para deixar as azeitonas no chão e nos ramos das oliveiras. A rede é uma possibilidade para a participação cidadã, de comunidades e das pessoas cristãs, em resposta ao mandamento do amor ao próximo.

Nesse sentido, a Campanha Ação Confirmandos lembra-nos da importância de recuperarmos a cultura da solidariedade em nossas famílias e comunidades, assim como aparece na Bíblia e nas iniciativas que acabamos de compartilhar.

PROPOSTA DE TRABALHO

Apresentamos duas propostas de trabalho. De acordo com o tempo disponível você poderá realizar as duas propostas ou, optar por uma delas. Seja qual for o encaminhamento dado, não deixe de apresentar os projetos que serão apoiados pela Campanha Ação Confirmandos. Também, não deixe de desafiar a turma para uma ação concreta, visando reunir recursos para apoiar esses projetos.

A) PAINEL COMUNITÁRIO

Proponha ao grupo a confecção de um painel/cartaz a partir das vivências e experiências compartilhadas em plenária. Este painel poderá ganhar um espaço no ambiente comunitário. Assim, toda a comunidade poderá conhecer algo dos sonhos de seus adolescentes. Também terá a oportunidade de conhecer práticas solidárias que acontecem em seu meio, tanto a nível individual quanto comunitário. As histórias bíblicas que foram compartilhadas no diálogo servirão de luz para as ações solidárias, também poderão servir de estímulo para desenvolver uma cultura de solidariedade.

B) PROJETOS – NA TRILHA DA SOLIDARIEDADE

A Campanha ‘Ação Confirmandos- Na trilha da solidariedade ‘é uma bela oportunidade de refletirmos em conjunto sobre como poderemos dar expressão da nossa fé, através de ações concretas de solidariedade.

Apresente aos confirmandos e às confirmandas os projetos apoiados pela OGA, que se encontram no folder Ação Confirmandos. Se necessário, divida a turma em grupos com a seguinte tarefa: pensar uma maneira prática de arrecadar fundos para apoiar esses projetos. A atividade pode envolver a família e também a comunidade, seja em ações de mobilização ou divulgação. Após, reúna o grande grupo e proporcione um momento de partilha. Cada grupo apresenta o seu projeto e a turma, em votação, define um deles para executar.

ENCERRAMENTO

O amor se aperfeiçoa na solidariedade. “Nem só palavra é o amor, é palavra unida à ação”. Solidariedade com criatividade é desafio a ser assumido por jovens e adultos nas comunidades.

Cantos

Oração.

Pa. Rosangela Fenner Radons
Paróquia Apóstolo Tiago - Jaraguá do Sul

Pa. Carmen Michel Siegle
Coordenação de Educação Cristã da IECLB - Porto Alegre

ANEXO 1

TRILHA SOLIDÁRIA

O desafio é ser solidário

Dirigente: Na colheita das azeitonas..., não volte para pegar as azeitonas que ficaram nas árvores; deixe-as para os estrangeiros, para os órfãos e para as viúvas. (Tradução BLH: Deuteronômio 24.20)

- O que sabemos a respeito dessa fruta?

Quando pegamos um vidro de azeitonas no supermercado, não nos damos conta da história e da tradição dessa fruta. Muitas pessoas tampouco sabem de onde vem a azeitona. Hoje, a azeitona está presente na pizza, nos aperitivos, nas saladas, pastéis, em muitas receitas da culinária.

- De onde vem a azeitona?

d) Da azeitoneira.
e) Da oliveira.
f) Da figueira

Dirigente: Espero que todos e todas vocês tenham marcado a resposta (b) como a correta. Pois a azeitona é produzida pela oliveira. Essa planta é muitas vezes mencionada na Bíblia. Vamos conhecer um pouco mais a respeito dessa planta para entendermos melhor qual a relação da oliveira e de seu fruto, a azeitona, com o tema do nosso estudo.

Leitura – 1: A azeitona é o fruto da oliveira, árvore de porte médio, frondosa, que gosta de sol e de clima seco. A oliveira pertence à família das Oleáceas.

Leitura – 2: A oliveira é a planta que tem um dos maiores períodos de vida. Na Espanha, há oliveiras com média de 300 a 400 anos. A mais antiga encontra-se na Grécia e calcula-se sua idade em 700 anos.

Leitura – 3: Na região do Mediterrâneo, ela é a árvore que compõe a paisagem rural.

Leitura – 4: As suas flores têm uma fecundação difícil. De cada 20 flores da oliveira, apenas uma azeitona é produzida. A azeitona é uma das poucas frutas que não pode ser consumida logo após sua colheita, por ela ser muito amarga.

Leitura – 5: As oliveiras espalharam-se pelo mundo através de duas civilizações: grega e romana. Na Antiguidade, os gregos e os romanos foram apreciadores e produtores de azeite de oliva.

Leitura - 6:Tanto romanos como gregos usavam a azeitona nos alimentos e faziam dela o azeite que servia de medicamento, bálsamo, perfume, combustível para lamparinas e impermeabilizante de tecidos.

Leitura – 7: Naquela época, a colheita da azeitona era feita à mão. Mantas e lençóis eram estendidos ao redor das árvores. Os homens subiam nelas e apanhavam uma a uma e as jogavam para as mulheres que as colocavam em cestos. Outro jeito de colher a azeitona era bater os galhos com uma vara para as azeitonas caírem sobre as mantas e os lençóis estendidos no chão.

Leitura – 8: Hoje, a colheita acontece através de máquinas que agarram a oliveira fazendo vibrar seus galhos, provocando a queda da fruta.

Leitura – 9: Para cada 6 kg de azeitonas, um litro de óleo é produzido. E cada oliveira pode produzir de 80 a 100 kg de azeitonas por safra.

Dirigente: Na colheita das azeitonas, depois que você sacudir as oliveiras, não volte para pegar as azeitonas que ficaram nas árvores; deixe-as para os estrangeiros, para os órfãos e para as viúvas. (Tradução BLH: Deuteronômio 24.20)

Os israelitas conheceram a oliveira quando tomaram posse da terra prometida. Assim como a videira, eles encontraram na oliveira uma atividade rural e dela extraíram seu alimento. Até a madeira da oliveira foi aproveitada pelos marceneiros israelitas.

O versículo de Deuteronômio 24.20 está inserido numa coleção de leis que faz parte da instrução ao povo de Deus. Durante a colheita das azeitonas, muitas delas ficavam no chão e presas aos ramos. Por isso, a recomendação: deixar essas frutas para os estrangeiros, as viúvas e as crianças órfãs.

No tempo do Antigo Testamento, muitas pessoas viviam como peregrinas pelas terras, buscando sua sobrevivência. Não era como hoje, quando as propriedades rurais e urbanas estão demarcadas por cercas e muros dando a entender para quem passa que essa é uma propriedade particular. Naquele tempo, as terras tinham dono sim, mas era permitido às pessoas circular livremente por elas.

Razão pela qual a recomendação era: deixem essas azeitonas para as pessoas pobres, necessitadas, que não têm oliveiras. Essa recomendação, com força de lei, era a maneira de ensinar a solidariedade ao povo israelita. A lei que determinava deixar as azeitonas para pobres era para que a fome dessa gente fosse saciada. E a forma de ajudar, então, era esta: deixem essas azeitonas para quem tem maior necessidade que vocês.

Atualmente, muitos gestos de solidariedade sinalizam que essa prática é necessária e decisiva para a vida de muitas pessoas. Por exemplo:

- Trote solidário: Na capital gaúcha, Porto Alegre, os estudantes que passaram no vestibular tiveram que passar pelo “Trote solidário: pratique esta ideia”. Os calouros das diversas faculdades foram recepcionados por seus colegas com ações sociais, em lugar dos tradicionais trotes agressivos de anos passados.

Essa ideia pode pegar também em outras cidades! Por quê? Porque por trás dessa ideia há duas atitudes nobres a serem cultivadas: o respeito e o cuidado com a vida das pessoas.

- Mãos à obra: Na época das enchentes e alagamentos em Santa Catarina, anos atrás, Mariane B. Ehrat, então pastora sinodal, declarou que “A própria palavra de Deus: “Sejam fortes as vossas mãos” (Zacarias 8.3) motivou a igreja a colocar ‘mãos à obra’. A expressão – colocar mãos à obra – remete para o trabalho solidário.

Rede de solidariedade : “Tecer uma rede de solidariedade” é hoje a expressão moderna para deixar as azeitonas no chão e nos ramos das oliveiras. A rede é uma possibilidade para a participação cidadã, de comunidades e das pessoas cristãs, em resposta ao mandamento do amor ao próximo.

Nesse sentido, a Campanha Ação Confirmandos lembra-nos da importância de recuperarmos a cultura da solidariedade em nossas famílias e comunidades, assim como aparece na Bíblia e nas iniciativas que acabamos de compartilhar.

Cultivar atitudes solidárias é um convite e também um desafio que o evangelho nos coloca. O Deus que se preocupa conosco, que se revela na comunhão e na união em favor da vida e da liberdade é o mesmo Deus que nos abençoa com a vida e nos envia para ser bênção na vida de outras pessoas.

Adaptação do texto - Pa. Rosangela Fenner Radons
Paróquia Apóstolo Tiago - Jaraguá do Sul

ANEXO 2: Veja abaixo


Autor(a): João Artur Müller da Silva, Rosangela F. Radons e Carmen Michel Siegle
Âmbito: IECLB
Área: Missão / Nível: Missão - Adolescentes
Área: Missão / Nível: Missão - Formação / Subnível: Missão - Formação - Educação Cristã / Organismo: Obra Gustavo Adolfo - OGA
Natureza do Texto: Educação
Perfil do Texto: Estudo
ID: 27257
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Ó Senhor Deus, não há ninguém igual a ti. Tu és grande e o teu nome é poderoso.
Jeremias 10.6
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