Mensagem da X Assembleia Sinodal do Sínodo Espírito Santo a Belém

03/09/2016

X Assembleia Sinodal do Sínodo Espírito Santo a Belém
X Assembleia Sinodal do Sínodo Espírito Santo a Belém
X Assembleia Sinodal do Sínodo Espírito Santo a Belém
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X Assembleia Sinodal do Sínodo Espírito Santo a Belém
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X Assembleia Sinodal do Sínodo Espírito Santo a Belém
X Assembleia Sinodal do Sínodo Espírito Santo a Belém
X Assembleia Sinodal do Sínodo Espírito Santo a Belém
X Assembleia Sinodal do Sínodo Espírito Santo a Belém (foto: Valdir Baebler)
X Assembleia Sinodal do Sínodo Espírito Santo a Belém (foto: Valdir Baebler)
X Assembleia Sinodal do Sínodo Espírito Santo a Belém (foto: Valdir Baebler)
X Assembleia Sinodal do Sínodo Espírito Santo a Belém (foto: Valdir Baebler)
X Assembleia Sinodal do Sínodo Espírito Santo a Belém (foto: Valdir Baebler)
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A Assembleia Sinodal do Sínodo Espírito Santo a Belém de 2016, realizada em 3 de setembro de 2016, na Comunidade em Santa Teresa, foi marcada pela preocupação e estudo do tema “Casa Comum: Nossa Responsabilidade”.

O tema foi conduzido interdisciplinarmente por Walter Có (professor na Esfa e Faesa), Márcia Poubel Bonamigo (médica), Gilmar Francisco Bonamigo (professor na Ufes) e Ivana Noriko Manzano Winckler (advogada), representantes do Movimento Casa Comum, que teve origem na campanha da fraternidade ecumênica 2016.

Pensar em casa comum é pensar no cuidado com o mundo em que vivemos e partilhamos. O ar, a água e a comida são essenciais para a vida. Esses elementos vêm da natureza e não são infinitos. “A natureza fez tudo a nosso favor, nós, porém, pouco ou quase nada temos feito a favor da natureza”, destaca o professor Walter por meio de texto de José Bonifácio.

A seca no Espírito Santo nunca foi tão intensa e tão longa antes. Diversas localidades estão em processo de desertificação. Parte do problema é local, pelo nosso comportamento, mas parte do problema é mundial, pelo aquecimento global e pelas mudanças climáticas – que afeta várias regiões pelo mundo.

Para reverter essa situação, é necessário muito trabalho e tempo. “Precisamos preparar o mundo que nós queremos para os nossos filhos”. É necessário mudar a forma com que lidamos com a natureza, não só de cuidar dela ou plantar uma árvore, mas mudar pensamentos e atitudes de como lidamos com ela de forma geral.

O papel das igrejas é fundamental nessa mudança. O discurso sobre a natureza é tradicionalmente voltado como se ela fosse dada a nós para usufruirmos ou que devemos cuidar como cuidamos de um jardim. Mas não é exatamente isso, “devemos repensar esse discurso para que realmente se tenha amor pela natureza e que a compreendamos como parte do que nós somos. O que acontece a ela, acontece diretamente com quem vive com ela”.

E o que é preciso fazer para cuidar da natureza, da nossa casa comum? Os órgãos públicos e comitês municipais não são suficientes para reverter o quadro, cidadãos também devem auxiliar. Reflorestar nascentes, recuperar áreas de recarga, reflorestar beiras de rios e córregos, retirar eucaliptos definitivamente das áreas que devem ser preservadas, desenvenenar as terras e as águas, recuperar autonomia das sementes da tradição, construir viveiros comunitários, fazer encontros de formação nas comunidades, usar racionalmente a água e utilizar estratégias de armazenamento de água são algumas ações que podem ser feitas para reconstruir e fortalecer a natureza à nossa volta.

As construções coletivas e ações já realizadas pelo Movimento Casa Comum inspiram a ampliação e multiplicação de atividades ambientais. Assim, a assembleia firmou seu compromisso com quatro ações:
- criar um comitê permanente de estudo para tratar da crise hídrica e outras questões relacionadas ao meio ambiente;
- ampliar o Movimento Casa Comum para as comunidades;
- plantar, no mínimo, 2 árvores por cada membro batizado, totalizando 120 mil árvores;
- estudar o tema e para buscar multiplicar práticas sustentáveis, como ação firmada pela JE sinodal.

A Assembleia conclama as Comunidades para juntos assumirmos esses compromissos como corresponsáveis pela criação de Deus e tal atitude deve ser entendida como testemunho de fé.

Nesse mesmo testemunho mostrou-se sensibilidade com a realidade sobre a qual todo o Estado do Espírito Santo enfrenta com relação à seca, em especial as regiões norte e noroeste, na qual se solicita a devolução da contribuição sinodal e o dízimo sobre as contribuições regulares que retornam da IECLB para estas respectivas paróquias situadas nessas regiões críticas e que estes recursos sejam utilizados a partir do fundo de reserva sinodal.

A Assembleia agradece de forma especial ao Pastor Lourival Ernesto Felhberg pela dedicação à Igreja e também pelo cargo de Vice Sinodal que a partir da agora passa a ser emérito. Para assumir o cargo no mandato restante de vice Pastora Sinodal – até 2018 – foi eleita a pastora Rosane Pletsch, que foi instalada no culto de encerramento da assembleia pelo pastor 2º vice-presidente da IECLB, Inácio Lemke.

Na caminhada dos 500 anos da reforma Luterana, reafirmamos nosso compromisso de ser uma Igreja viva, protestante, atuante com envolvimento socioambiental, e que a salvação, as pessoas e a natureza não estão à venda.

Santa Teresa, 03 de setembro de 2016.


Autor(a): Comissão de Mensagem: Siegmund Berger, Pietra Borchardt e Jorge Dumer
Âmbito: IECLB / Sinodo: Espírito Santo a Belém
Área: Sustentabilidade / Nível: Sustentabilidade - Justiça socioambiental
Natureza do Texto: Manifestação
Perfil do Texto: Mensagem
ID: 39381
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Não há pecado maior do que não crermos no perdão dos pecados. Este é o pecado contra o Espírito Santo.
Martim Lutero
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