João 2.1-12

Prédica

15/10/2013

Convenção Nacional de Ministras e Ministros da IECLB - 2013
Entre alegria e sofrimento: espiritualidade e ética no Ministério na IECLB
Pa. Silvia Genz – Pastora 2ª Vice-Presidente da IECLB

Queridos irmãos Ministros, queridas irmãs Ministras!

Irmãos e irmãs em Cristo!

Que a graça a paz e o amor de Deus sejam com todos e todas nós.

Obrigada, Deus, por esta oportunidade. Encontros, reencontros, lembranças e admiração... Após tantos anos, ainda conseguimos servir. Alegria em conhecer jovens Ministros e Ministras que não se intimidaram e estão no caminho do servir na IECLB. Paixão pela missão!

Estamos em festa! Podemos? Como foi possível abandonar as nossas Comunidades, as visitas e os sepultamentos? Infelizmente, temos que ouvir observações, como ‘Ah, quando a gente precisa, não tão aí...

Não abandonamos, viemos experimentar o que de bom ainda está reservado para nós e todos que confessam Jesus Cristo Salvador.

Ouvimos que, em Canaã, Jesus foi a uma festa de casamento e participou com todos os convidados. O vinho que estava à disposição terminou. A mãe de Jesus, Maria, a serva de Deus, viu a tristeza, a vergonha da pobreza se escancarar no rosto de quem fazia a festa. Terminou. Faltou dinheiro! Não se preveniram. Terminou a alegria? Vieram a tristeza, o sofrimento dos donos da festa?

Salmo 30.5: ‘O choro pode durar a noite inteira, mas de manhã vem a alegria’. Maria, a serva mãe, passou por isso no nascimento de Jesus.

Nós passamos por isso em muitos momentos, ah... sim.

Li em um comentário: ‘Toda hora é hora de Deus – na vida e no mundo. A presença de Jesus faz a diferença nos pontos altos e baixos da nossa vida’.

Lá vai um empurrão da mãe que experimentou a presença de Deus e sabia a fonte e o conteúdo da festa. A festa mudou!

Jesus, eles não tem mais vinho. Jesus seco: ‘Mulher, e eu com isso? Ainda não chegou a minha hora’.

Será que Jesus foi duro demais, como são os membros conosco? A ética do ativismo nos persegue e muitas vezes não valorizamos ou a Comunidade não vê necessidade no tempo para a nossa espiritualidade?

Então, carregamos tristemente as observações: ‘Fala demais, fala muito baixo’, ‘Não era hora de falar’... Será que já não criamos cicatrizes que nos fazem sentir derrota nesta hora? Quanto vinho ruim, amargo tomamos! Quantas festas são nos permitidas com a nossa família? O tempo que não temos para nos encontrar mais com amigos, amigas e familiares. Fim de semana sempre ocupado. Natal, Páscoa distantes da família.

Na Comunidade, se falece alguém quando estamos fora ouvimos ‘Quando a gente precisa da Pastora ela não está’. Se estamos em uma atividade administrativa ou atuando como Pastor ou Pastora Sinodal, na Secretaria ou em um trabalho pastoral – e não na Comunidade, com os seus ofícios, não fazemos o suficiente... ‘Em que gastam o seu tempo?’, ‘O que fazem lá, sentados no escritório?’, questionam. O mundo nos cobra e nós, uns dos outros.

Jesus foi cobrado justamente pela sua mãe. Ela sabia que ele podia fazer algo, mas não era a sua hora. Nós somos cobrados de todos os lados e, às vezes, as pessoas não entendem que há um tempo certo para fazer as coisas e que temos também que nos preparar. Jesus precisou se preparar para transformar a água e precisou de ajuda.

A mãe de Jesus não entendeu que ele já sabia o que estava acontecendo. Assim conosco as pessoas, por vezes, não entendem. Creio que não seja possível dar grandes explicações. Às vezes, só o silêncio em Deus.

Jesus é o nosso grande exemplo. Vejam:

Maria, a mãe, não se intimida. Ela sabe - Jesus continua presente na festa.

- O melhor está por vir, o que?

Maria recomenda: façam o que ele pedir.

Façam o que ele pedir!

O milagre! A transformação!

O que é isso? Primeiro, o pior vinho e, depois, o melhor?

Será que podemos nos alegrar aqui e esperar que o melhor vinho ainda está para ser servido? Temos o testemunho bíblico: Jesus transformou água em vinho. Poder confiar que não depende tudo de nós, pedir: Jesus fica no nosso encontro.

Crer, confiar que Jesus transforma vidas, situações. Alegria faz a gente ficar provando o que ainda tem preparado. Alegria! O melhor vinho veio de Jesus. Eu creio e gosto muito do diz o Apóstolo Paulo: ‘Nem olhos, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam’ (1Co 2.9).

O nosso encontro tem a presença e é o motivo de podermos provar um pouco do bom do melhor que Jesus nos oferece. Entretanto, nada é tão bom quanto o Reino de Deus, que, em Jesus, podemos provar, anunciar, testemunhar e aguardar o seu tempo pleno. Ajude-nos, ó Deus, para, com fé, sentirmos um gosto bom de encontro. Ó Deus, deixamos tudo em tuas mãos. Amém!

O vinho terminou. Será que ficaram tristes os donos da festa envergonhados ou não queriam oferecer mais?

Sim, transforma...

Por que viver com este sentimento de culpas, acusações?

Somos cobrados e cobramos!

Cuidar para não entrar neste jogo.

Como nos relacionarmos?

O mundo nos atormenta e nós mesmos nos culpamos, pois exigimos a ética e o compromisso do Evangelho – de forma dura e legal. Jesus nos liberta da escravidão, transforma!


Autor(a): Silvia Beatrice Genz
Âmbito: IECLB
Área: Ministério / Nível: Ministério com Ordenação / Organismo: Convenção de Ministros e Ministras da IECLB
Testamento: Novo / Livro: João / Capitulo: 2 / Versículo Inicial: 1 / Versículo Final: 12
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Prédica
ID: 25229
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Um cristão é um ser alegre, mesmo que passe pelo maior desgosto, pois o seu coração se alegra em Deus.
Martim Lutero
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