Jesus, o pão do céu

23/04/2004


Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o pão da vida; o que vem a mim, jamais terá fome; e o que crê em mim, jamais terá sede. (João 6.35)

Vivemos numa sociedade muito carente de pão. Carente do pão material e do pão espiritual. Como cristãos, somos chamados a partilhar o pão. Nos perguntemos: O que nós oferecemos ao carente? Que pão nós damos?

Não me recordo mais onde li uma afirmação muito pertinente dita por São Basílio Magno: Ao faminto pertence o pão que se estraga em tua casa. Ao descalço pertence o sapato que cria bolor debaixo de tua cama. Ao nu pertence o dinheiro que desvaloriza em teus cofres.

Muitas vezes, nem mesmo o que sobra e o que estraga em nossas casas estão sendo compartilhados. Preferimos deixar estragar, pois aí não temos que nos envolver.

Mas Jesus nos chama a compartilhar o pão. Se dermos aquilo que já nem estamos usando mais, já será uma obra de caridade importante num mundo de tanta frieza, de tanta falta de carinho.

Mas me preocupa também a parte espiritual. Jesus nos diz que Ele é o pão da vida. A pergunta que me faço é: Que tipo de pão espiritual está sendo oferecido por aí? Será que é o verdadeiro pão?

Nós, como cristãos, cremos e afirmamos que o verdadeiro pão espiritual é Jesus. Não há outro. Aquele que realmente alimenta a nossa fé é Cristo. Aquele que nos sustenta é somente Jesus. E essa mensagem nós devemos passar adiante. Devemos respeitar todas as religiões, mas também devemos afirmar que o pão vivo que desceu do céu é Cristo. Devemos mostrar que o único caminho da salvação, caminho que chega ao Pai é Jesus: João 14.6.

E isso, creio eu, o cristão tem feito. Mas um outro fenômeno tem marcado mais nitidamente a nossa sociedade atual: É o surgimento de um grande número de novas igrejas que dizem estar oferecendo também o pão espiritual chamado Jesus. Creio que as assim chamadas igrejas históricas não são as únicas detentoras do evangelho. Mas devemos cuidar com as novidades que têm aparecido por aí.

Se a gente pega a imagem do pão, devemos dizer: Vamos tomar cuidado com as padarias, ou melhor, com os mercados espirituais que têm aparecido. Eles dizem que oferecem o verdadeiro pão, que é Cristo, contudo, nem sempre, mas muitas vezes, este pão está completamente adulterado. E quando a gente come alguma coisa contaminada, mais cedo ou mais tarde, passaremos mal. E isso acontece também na área espiritual.
 

Penso que mais do que nunca devemos zelar por uma pregação reta do evangelho. Há muita gente doente porque comeu um pão espiritual contaminado, achando que era o verdadeiro pão da vida. Desses enfermos, nós também somos chamados a cuidar. E, creio, cada vez haverá mais enfermos desse tipo na nossa sociedade, pois o pão que é oferecido por aí, mesmo levando o nome de Cristo, na verdade, quantas vezes está contaminado por pensamentos humanos. E nem sempre esses pensamentos são os mais elevados.

Se dentro desse mercado religioso, que é o Brasil, nós, como Igreja Luterana, continuarmos oferecendo o verdadeiro pão que desceu do céu, que é Jesus, estaremos cumprindo a nossa parte. Vamos cuidar dos doentes que estão chegando. Vamos alertar os nossos membros para não se deixarem seduzir por tudo que é oferecido por aí como sendo o pão do céu.

Que Deus nos dê sabedoria e espírito de discernimento para que julguemos tudo e retenhamos o que é bom. Amém.

P. Telmo Noé Emerich


Autor(a): Telmo Noé Emerich
Âmbito: IECLB / Sinodo: Sudeste / Paróquia: Petrópolis (RJ)
Testamento: Novo / Livro: João / Capitulo: 6 / Versículo Inicial: 35
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 8102
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Quisera não ter outro pensamento que este: a ressurreição aconteceu para mim!
Martim Lutero
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