Nome: Iria Conter Kaminski
Participação na IECLB desde o Batismo
Paróquia Evangélica de Confissão Luterana da Paz- Cerro Grande do Sul-RS
Comunidade Cristo Rei - Picada da Cruz
Sínodo Sul-Rio-Grandense
A história aqui registrada é de Iria Conter Kaminski, filha de Eduardo Adriano Conter e de Irma Eckert Conter. Ela nasceu em 28 de janeiro de 1951, em linha Capitão Garcia, interior de São Jeronimo, hoje Sertão Santana/RS. Ela foi batizada no dia 26 de março de 1951 e confirmada no dia 28 de junho de 1964, em Águas do Verê - PR.
Irma participa da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil desde seu nascimento. Ela contou que tinha dois anos de idade quando seus pais se mudaram para o Paraná, por causa de uma promessa de terra que ganharia do governo. Ela lembra que eram dois irmãos e sua mãe estava gravida. Quando chegaram ao Paraná só encontraram mato, nenhuma estrutura. Como casa, tinham uma barraca e a sobrevivência vinha da caça e da pesca. Com o nascimento do irmãozinho, seus pais tiveram que amarrar um cesto acima da cama do casal, pois não havia outro espaço na casa para acomodá-lo.
Iria revela que a sua infância não foi fácil. A mudança de estado do Rio Grande do Sul para o Paraná e a falta de dinheiro marcaram tempos difíceis na família. Iria tinha 13 anos de idade quando calçou seu primeiro sapato. Foi no dia da sua Confirmação.
Com sua mãe, Iria aprendeu a amar a igreja e a participar da vida em comunidade. Ela conta que quando se mudou para o Paraná ainda não tinha Igreja na localidade. Nesse tempo, as pessoas se reuniam nas casas. Mais tarde, com a comunidade já constituída, a mãe de Iria, dona Irma, tornou-se uma importante liderança. Ela era responsável pelos ensaios natalinos, pela coordenação da OASE e era membro do Coral. As aulas de Ensino Confirmatório eram coordenadas pelo Sr. Vili Kaminski, que mais tarde, veio a ser o cunhado de Iria.
Logo depois de casar-se com Ignácio Kaminski, Iria retornou para o Estado do RS. Ela e Ignácio tiveram sete filhos.
Para Iria, a igreja sempre foi importante. Em cada etapa da sua vida a igreja se faz presente: batismo, confirmação, participação no coral, casamento, OASE, festas, luto, enfim,. Ela ressalta a importância dos cultos e da santa Ceia para se fortalecer na fé e enfrentar as dificuldades diárias. Para ela, a igreja é um importante espaço de encontro com as pessoas. Ela agradece a Deus pelo fato da comunidade estar perto de onde ela mora, o que facilita a sua participação nas atividades.
Iria gosta muito de cantar. Ela conta que aprendeu a cantar com sua mãe. Quando jovem, ela participava do Coral. Para ela, o canto é fundamental no culto. Outro oficio que aprendeu de sua mãe, através do qual adora ajudar as pessoas é a massagem. Ela também gosta de colaborar na comunidade fazendo cucas para as festas.
Perguntada se mudaria ou faria algo diferente até então, Iria respondeu dizendo que gostaria de ser mais espontânea para expor melhor as suas ideias. Ela ressalta que já consegue se expressar melhor e isso se deve a participação ativa na sua comunidade de fé.
Através de todo o seu viver e agir, Iria procura demostrar a sua fé. Sempre procura motivar e convidar sua família, filhos e netos, a participar da vida comunitária. Da mesma forma que fazia sua mãe, Iria procura mostrar em casa o quanto a vida de fé, a vida em comunidade é importante
Dos muitos momentos em comunidade, Iria lembra de ofícios que marcaram a sua vida. O Batismo foi um passo importante dado por seus pais e padrinhos em sua direção. Mas a confirmação foi o primeiro passo, dado por ela, para dentro da fé. Foi o seu SIM ao discipulado. Ela lembra bem do vestido que usou e de que foi a primeira vez que calçou uma sandália. Outro momento marcante foi o dia de seu casamento. O casamento no civil foi de manhã, a festa durante o dia e as 18h aconteceu a benção matrimonial na igreja.
Palavra de dona Iria:
Sempre participei na Comunidade de Confissão Luterana, tanto no Paraná quanto aqui, na Picada da Cruz- Cerro Grande do Sul-RS onde sou membro assídua. Participei nos cultos, nas festas (trabalhando na cozinha), na OASE, fazendo cucas e pães para as festas. Na IECLB, recebo muita força da comunidade. Nela me sinto muito bem acolhida e fortalecida. Quando eu ficar idosa, quero que Deus me ajude para que eu não adoeça e possa continuar ajudando e participando na comunidade, sempre com alegria e canto. Que Deus nos abençoe.
História coletada dia 18/11/2016 por Cleci Vaz Grudzinski
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