Há 3 anos atrás, uma turma do Paraguai ocupou o Lar da Amizade (casa de retiros da IECLB) em Guaratuba. Ao se despedirem, disseram: Volveremos... De fato... Jovens paraguaios de Santa Rosa del Monday, Santa Rita, Curupayty, Los Cedrales e Naranjal, acompanhados pelo casal pastoral Mariela Bohl e Armando Weiss, aproveitaram durante uma semana (12-18/01) as belas praias do litoral paranaense. Tudo muito bem organizado, como em acampamento, com direitos e deveres, com equipes de trabalho, com responsabilidade...
Àqueles que ocupam o “Lar” há um desafio, imposto pelo Presbitério. Se ocorrer alguma atividade comunitária, todos devem participar. Como os jovens eram luteranos, da Iglesia Evangelica del Rio de La Plata, fizeram questão em participar do Culto de Veraneio, que acontece todas as quartas à noite. O objetivo maior do desafio é integrar os membros da Comunidade com os veranistas, conhecendo um pouco melhor os que vêm de fora, apresentando um pouco melhor a nossa própria caminhada de fé.
Há 66 cadeiras no templo. A excursão era composta por 42 pessoas. Sobrou uma cadeira. Ou seja, estabeleceu-se um novo “record”. O templo estava lotado, com gente divertida e curiosa, prontas para ter comunhão, louvar e compartilhar a Palavra. A Banda Aos Pés da Cruz de Garuva conduziu o louvor. Os jovens visitantes apresentaram 3 canções em castelhano. Mas, uma pergunta pairava no ar, à qual P. Armando trouxe a resposta. Praticamente todos os jovens falavam só português. Como pode? Na verdade, todas as comunidades luteranas na divisa com o Brasil são compostas por brasileiros e seus descendentes. São os “brasiguaios”... São poliglotas... Aprenderam em casa o português e alemão. Aprenderam na escola o espanhol e guarani.
Entre as diversas atividades propostas pelo grupo, mostrando sua “cara” em Guaratuba, haverá no centro (ou praia) distribuição de abraços “grátis” aos veranistas, que foi ensaiada durante o Culto. Com certeza, a visita e tais momentos de confraternização marcaram a história de Guaratuba. Da mesma maneira, quem conviveu, seja brasileiro ou paraguaio, terá algo diferente para contar por muito tempo. E melhor... Tal experiência ninguém pode tirar dos nossos corações. Com diz o Salmista: “Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos” (Salmo 133.1).