Quem passou pelo ensino confirmatório em nossa igreja certamente lembra daquele livrinho chamado catecismo menor. Era o material didático da minha época de ensino confirmatório, juntamente com a Bíblia Sagrada. Tínhamos que decora-lo, em especial os mandamentos, o pai nosso, o credo apostólico e saber explicar cada parte.
Estamos novamente nos aproximando do mês em que comemoramos o dia da reforma – dia 31 de outubro. E lembrei-me de como este pequeno livrinho foi importante para minha vida de fé. Pois foi com ele que iniciei minha caminhada na igreja que culminou no estudo de teologia. E fiquei aqui pensando como o conteúdo de um livrinho tão pequeno ao longo de mais de quinhentos anos transformou vidas. No entanto, pergunto-me se ele não anda meio esquecido, bem como a própria Sagrada Escritura.
O Catecismo Menor foi escrito por Martim Lutero para que fosse utilizado nas famílias para ensinar os Dez Mandamentos, o Credo e o pai nosso, com simplicidade a todos da casa. Para facilitar o ensino e o manejo prático, a primeira edição saiu em forma de cartazes. Estes eram colocados na parede da sala da casa. E a ideia era que cada família ensinasse o conteúdo do mesmo, aos filhos e filhas, e demais pessoas que moravam na casa.
Lutero chamava o catecismo de a “Bíblia para os leigos”, com ele os cristãos ganhavam base sólida para avaliarem toda a doutrina e vida da Igreja e as suas próprias vidas.
A palavra “Catecismo” originasse do termo grego κατηχισμός, que significa instruir a viva voz. O catecismo é um livro que contém instrução religiosa cristã, utilizado para ensinar sobre os principais aspectos da fé Cristã.
Muitas pessoas idosas ainda lembram de como no passado as famílias se reuniam em volta da mesa para cantar hinos, orar e ouvir histórias bíblicas. E isto marcou a vida de fé de muitas famílias luteranas.
E hoje? Como ensinamos os nossos filhos e filhas em nossas casas, em nossa família?
Talvez a didática usada no passado, pode até ser ultrapassada, mas o conteúdo não perdeu o seu valor, como afirma Jesus no Evangelho de Mateus 24.35: “O céu e a terra desaparecerão, mas as minhas palavras ficarão para sempre”.
