Culto Temático em Cosmópolis desafia à volta do uso do Catecismo Menor no lar

Com base no livro "A fé começa em casa", pregação foca importância da passagem da fé às gerações

17/06/2018

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O Planejamento Missionário da Paróquia foi preciso na definição de ações. Dentre os itens levantados um deles se destaca: Sanar o déficit financeiro e de membresia. A Comunidade está envelhecendo, as velhas lideranças partindo e a sustentabilidade e crescimento da Comunidade não tem acontecido a contento das necessidades. Para tanto, entre outras ações, foram definidos alguns cultos temáticos. Um deles busco fortalecer a fé a partir da base familiar. P. Evandro trouxe ao Presbitério e de depois em culto a importância de definir estratégias ministeriais. E uma delas é a experiência relatada no livro A fé começa em casa. 

O culto foi todo direcionada para a importância de passarmos os nossos filhos a partir do lar nossa fé crustã e nossa confecionalidade luterana. Já no momento do envio das crianças para o culto infantil foi enfatizado o valor deste gesto de pais e avós trazerem suas crianças à igreja. Na Confissão de Pecados foram reconhecidos nosso limites, negligência e fraquesas nesta tarefa de passar as futuras gerações nossas fé e nossa forma de ter comunhão na comunidade de confissão luterana.

Na Oração do Dia foi expresso o desejo de que a Palavra de Deus nos orientasse no exercício de nosso papel de transmissores e vivenciadores da fé a partir do lar. A Leitura do Salmo 78.1-7 coisa seguida do hino 213 (HPD). E logo após a leitura do AT de Deuteronônio 6.6-9 a comunidade foi convidada a cantar ums dos hinos de batismo mais conhecidos e cantadas na história da IECLB - 137 (HPD).

Após a leitura do Evangelho do domingo (Marcos 4.34-35) foi ensinado à Comunidade o hino 422 (HPD)

COMECE EM SUA CASA
                                                     Pe. Antonio Haddad, SSS Da Missa Celebração da Liberdade
   /:Comece em sua casa a viver o amor,
O amor que liberta, o amor do Senhor!:/.

Você já sabe onde está o seu irmão, você já sabe repartir o pão.
Você já sabe caminhar bem lado a lado. Comece agora em sua casa.

/:Comece em sua casa a viver o amor,
O amor que liberta, o amor do Senhor!:/. 1 João 4.17

Na pregação P. Evandro falou o seguinte: 

A FÉ COMEÇA EM CASA

 Tenho aqui comigo um livro cujo “copryght” da obra original data de 2010 mas que relata uma realidade de 2007, nos EUA, Dallas, Texas (cf. pág. 11). Reflete, porém, uma prática pastoral de 30 anos/3 Décadas até o Projeto nascer como tal. Qual a constatação dos autores? (Kurt Bruner e Steve Stroope): “O lar é o principal contexto de uma fé espiritual duradoura.” (p.11) Contudo, a segunda constatação, logo a seguir é que estatísticas mostram que “estamos perdendo mais e mais nossas crianças para a incredulidade.” (p.10) Em palavras mais claras: “A FÉ PASSADA POR GERAÇÕES ESTÁ EM SÉRIO DECLÍNIO” (p.11). Prefaciando o livro, Bill Hybels afirma que “A paisagem do mundo no qual temos os nossos ministério mudou drasticamente durante as três últimas décadas. A geração que está por vir se será frente a frente com um obstáculo à crença que vai além 
valorizar o estilo da adoração, da relevância dos ensinamentos ou do programa de excelência das igrejas, porque esse obstáculo não reflete o que está acontecendo na igreja. Reflete o que está faltando em casa.” (p.10)
 Confirmaremos, pela reflexão bíblica hoje, que “o lar é o principal contexto de uma fé duradoura”. E essa situação me preocupa, como PASTOR e como AVÔ. Como vamos equipar as famílias para ocuparem o papel que Deus lhe ordenou? A realidade em nossa IECLB não difere muito. IeclB= I de Igreja e B de Brasil. (E clima de Copa e dia de jogo da Seleção Brasileira, pastor Evandro abre o peito e convida a um cristianismo vivo e ativo também dentro e apartir da ieclB) “Como vamos promover uma vida de fé na próxima geração?” (p.12) Como vamos instalar fé em nossos filhos e netos? Se a constatação é que FÉ DURADOURA COMEÇA EM CASA, o que será de nossa IECLB e o que será de nossos filhos e netos?
 Outra questão constatada em estudos é que “O CRISTIANISMO é muito mais adquirido do que aprendido.” (p.9) Ou seja, não é o Ensino Confirmatório, por exemplo, que vai fazer “o milagre”, se a fé já não foi adquirida em casa, se o convencimento, o amor a comunidade cristã já não foi vivenciado, adquirido de pequeno do lar. 
 Biblicamente, tanto o Salmo 78.1-7 quanto Deuteronômio 6.6-9 relatam esta orientação, missão e experiência apontada por Deus ao povo: “que os transmitissem a seus filhos” e “tu as inculcará a teus filhos”. No Evangelho de Marcos capítulo 4 destaca-se uma frase: “porém, explicava em particular aos seus próprios discípulos” (v.34b). O discipulado no lar é o grande caminho para a sequência da fé em nossa comunidade, igreja. Tenho falado aos Confirmandos e Confirmandas que o Catecismo Menor de Lutero foi designado por ele para a passagem da fé e das coisas de Deus em casa. Hoje nós o terceirizamos à igreja, à comunidade, ao pastor. 
 Tomo a liberdade de fazer minhas as palavras dos autores do livro em apresso: “E o problema em nossa opinião, não é o que está acontecendo na igreja, mas o que precisa desesperadamente acontecer em casa.” (p.21) E ainda o que consta na página 23: “as novas gerações estão abandonando Cristo em números alarmantes, apesar dos melhores ensinamentos, adorações, ministérios com estudantes e seminários sobre história da Igreja. As igrejas nunca trabalharam tão duro; porém, a transmissão da fé pelas gerações está em declínio. Algo não está fazendo sentido!” A gente até planta a semente da fé em nossos filhos mas esquecemos de regar a planta! “O papel da família é fornecer a água” (p.25). “Em resumo, Deus designou o lar como o primeiro local em que as crianças recebem instrução espiritual e, como dissemos anteriormente, uma experiência tangível de materialização das realidades espirituais.” (p.34)
 Por isso, falando concretamente a nós:
1. Não foi a toa que Jesus pediu a seus discípulos que lhe trouxessem e deixassem vir a ele as criancinhas (p.25)
2. Formação espiritual em casa é um processo lento, de longo prazo. É tarefa de pais e avós: GERAÇÕES.
3. Igreja e lar se tornam parceiros, é bem verdade. Mas a fé começa no lar, começa em casa. (p.36)
Considere este culto (esta pregação) como “um amigável tapinha nas costas, um chamado para deixar você a par do jogo, um convite para retomar as rédeas da escola, da televisão, da igreja, do videogame, do Facebook.” (p.76) 
 “Esperamos que nossos filhos fiquem bem. Mas o que fazemos para ajuda-los a chegar lá?” (p.76). “Eu não acho que devo enfiar religião goela abaixo de meus filhos!” Soa familiar? Foi o tema de uma geração inteira. Muitas pessoas em nossa época foram criadas por pais que achavam a igreja chata, e então decidiram que não exporiam seus filhos à mesma experiência. “Afinal”, diz o raciocínio lógico, “eles poderão decidir por si mesmo quando crescerem.” Bem, agora já crescemos. E em vez de dizer “obrigado”, muitos de nós nos perguntamos “como você pôde fazer isso?”. (p.77)

 Três exemplos apresentados no livro são precisos ao que se deseja destacar aqui:

ANDAR DE BICICLETA: “Qualquer pessoa que já tenha tentando ensinar uma criança pequena a andar de bicicleta entende esse princípio. Seria loucura colocar sua filha de três anos em uma bicicleta de adultos e dar um empurrãozinho ladeira abaixo. Não importa o quanto você diga “você consegue!”, ela vai cair e chorar em questão de segundos. Em vez disso, você compra uma bicicleta com rodinhas, para que ela tenha a sensação de andar em segurança. Uma vez que ela tenha adquirido confiança, você provavelmente removerá as rodinhas. Porém, ainda você vai ao lado dela, ou atrás dela, soltando o assento aos pouquinhos e deixando que ela leve tombos leves no gramado. Só quando você sente que ela já está segura o suficiente, você a libera para que controle os próprios impulsos. Precisamos aplicar essa mesma perspectiva na formação espiritual das crianças.” (p.35) E eu completaria: Aí a decisão dela continuar a pedalar pela vida é toda dela.

ENSINAR A NADAR: Outra ilustração muito plástica é este relato do autor: “Quando meu primeiro filho Shaun tinha quatro anos, ele foi até o lado mais fundo da piscina do hotel enquanto estávamos momentaneamente distraídos. Ele entrou em pânico, pois começou a engolir água. Graças a Deus, um menino mais velho viu o que estava acontecendo e rapidamente o colocou em segurança. Eu só percebi quando Shaun chorou, misturando histeria com alívio. Abalada com a ideia do que poderia ter acontecido, minha esposa Olívia e eu juramos que nunca deixaríamos Shaun naquela situação novamente. Imediatamente o colocamos em uma aula de natação. Naquele verão levamos Shaun para a aula de natação, que ficava a cinquenta quilômetros de distância de nossa casa, ida e volta, durante três vezes por semana. Era um incômodo, certamente. Mas em pouco tempo ele já conseguia boiar na água. Missão cumprida. Queremos algo melhor para nossos filhos. Nós nos recusamos a permitir que eles cheguem ao final da vida sem ensiná-los a nadar.” (p.78s)

DAR UMA BÚSSOLA: “Considere a simplicidade de uma bússola. Ela faz apenas uma coisa. Aponta para o Norte. Nada de muito impressionante. Mas, se você estiver perdido em uma floresta, as coisas mudam. Quando se está perdido ou desorientado, o ponto fixo de referência que uma bússola fornece pode ser a única fonte de clareza e direção disponível par ajudar você a chegar à sua casa. Sem bússola, colocaremos o viajante em grande risco. É com tristeza que, para muitos nesta geração, a bússola espiritual da fé cristã esteja perdida. Estamos mal equipados para nossa jornada, caminhando pela vida sem nenhum senso de direção, sem coisa alguma para indicar qual caminho é o certo e qual é o errado. Alguns de nós rejeitaram os valores de nossos pais. Outros vieram de uma família que falhou ao modelar confiança na bússola da fé cristã. De qualquer forma, precisamos apontar para o Norte em prol de nossos filhos para demostrar qual o propósito do Cristianismo.” (p.80)
 “Como pais, é nossa obrigação orientar nossos filhos para a vida – para equipá-los com um forte senso de realidade, dando-lhes a saber quem os criou, quem são eles e como se encaixam no grande drama da vida. Devemos ajudá-los a entender a própria história da perspectiva do autor (da vida), para aproveitar as maravilhas que chegam quando descobrimos que com Deus tudo é santo, logo nada é sem sentido. Definindo de forma simples, queremos que eles cresçam com Deus” e na igreja. (p.78)
 É essa nossa tarefa como pais, mães, família. Que Deus nos ajude! Amém.

Após a pregação temática a comunidade consagrou as ofertas cantando o hino 261 (HPD) e recebeu a benção e envio. 

Ao final do culto várias pessoas à porta da igreja comentaram ao pastor da importância da abordagem feita e da mesma forma o pastor fez referência de que a pregação também tocou fundo em sua experiência como pai e agora, tam´bem avô. E bem por isso foi sugerido a publicação deste culto e principalmente da pregação na integra.


Autor(a): P. Me. Evandro Meurer
Âmbito: IECLB / Sinodo: Sudeste / Paróquia: Cosmópolis (SP)
Área: Confessionalidade / Nível: Confessionalidade - Luteranos em Contexto
Testamento: Antigo / Livro: Salmos / Capitulo: 78 / Versículo Inicial: 1 / Versículo Final: 7
ID: 47732
COMUNICAÇÃO
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Se reconhecemos as grandes e preciosas coisas que nos são dadas, logo se difunde, por meio do Espírito, em nossos corações, o amor, pelo qual agimos livres, alegres, onipotentes e vitoriosos sobre todas as tribulações, servos dos próximos e, assim mesmo, senhores de tudo.
Martim Lutero
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